
30 de abril de 2012 | 03h06
Não Sou contrário por várias razões. Por óbvio, as visitas não podem ser monitoradas e não se sabe o que acontece dentro do quarto. A visitante pode levar algo para o rapaz, por exemplo. Você pode ter alguma gravidez de risco, não há uma forma de controle. O adolescente fica em média seis meses dentro da Fundação. Acredito que ele pode ficar esse período sem atividade sexual. Ele tem de entender que está privado de sua liberdade, de seus direitos, por infração penal. Daqui a pouco, vou ter de franquear também a entrada da mãe e do pai todos os dias. No processo de reeducação, a privação de alguns direitos é importante para que dê valor ao que perdeu. É como um castigo para o filho, quando se deixa sem jogar videogame, por exemplo. Faz parte do processo pedagógico, para que ele faça um juízo de "desvalor" da conduta dele, que coloque na balança o que ganhou ou perdeu. Além disso, como se comprovará o concubinato? Ou não se autoriza ninguém, por falta de formas para comprovar, ou se cria uma flexibilização tão grande que vão entrar meninas ou meninos que não tenham nenhuma relação de estabilidade com o interno.
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