Dois vizinhos que prestaram depoimento na terça-feira, 21, sobre o fim do seqüestro de Eloá Cristina Pimentel, de 15 anos, afirmaram à Polícia Civil que ouviram um disparo antes da invasão dos policiais do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate). As duas testemunhas são moradores do CDHU do Jardim Santo André e afirmaram que ouviram um disparo semelhante ao de uma arma de fogo momentos antes de ouvir um barulho de explosão. Leia reportagem completa na edição da quinta-feira, 23, de O Estado de S. Paulo. No depoimento, os vizinhos descreveram as quase 101 horas em que Eloá foi feita refém por Lindemberg Alves, de 22 anos. As testemunhas afirmaram à polícia que, apesar da tensão pelo seqüestro, a sexta-feira, 17, foi um dia tranqüilo no conjunto habitacional e a expectativa era que Lindemberg se entregasse e libertasse as reféns. Veja também: Em vídeo da PM, vizinha diz ter ouvido tiro antes da invasão Advogado de Nayara vai pedir indenização de R$ 2 milhões Depoimento de Nayara após sair do apartamento Lindemberg sai do isolamento em Tremembé nesta quarta-feira Lindemberg diz que só atirou em Eloá após invasão da polícia PMs não são unânimes sobre tiro antes de invasão no caso Eloá Especial: 100 horas de tragédia no ABC Mãe de Eloá diz que perdoa Lindemberg Imagens da negociação com Lindemberg I Imagens da negociação com Lindemberg II Especialistas falam sobre o seqüestro no ABC Galeria de fotos com imagens do seqüestro Todas as notícias sobre o caso Eloá Nesta quarta, Nayara Rodrigues da Silva, de 15 anos, recebeu alta no começo da tarde. A amiga de Eloá e principal testemunha do caso, pois estava no apartamento quando o Gate invadiu o local, prestou depoimento à polícia no próprio Centro Hospitalar de Santo André, no ABC paulista. Segundo a diretora do hospital, Rosa Maria Aguiar, a família temia pela segurança da menina se ela fosse levada a uma delegacia e, por isso, resolveu que o depoimento fosse dado na parte administrativa do hospital. A alta foi dada às 14h30 e o depoimento começou às 15 horas. Nayara foi ouvida com o acompanhamento de psicólogos, membros do Conselho Tutelar, pela mãe e o advogado da família, Angelo Carbone. Em entrevista coletiva na frente do hospital, Homero Nepomuceno Duarte, secretário de Saúde de Santo André, afirmou que a presença dos psicólogos era para não permitir que a polícia ultrapasse os limites psicológicos da garota.