Vítima trabalhava na região, afirma família

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

A família de Geraldo Magela Lourenço, de 37 anos, morto no tiroteio de ontem, refuta a versão da Polícia Militar de que ele possa estar envolvido com a quadrilha.O ex-sogro de Lourenço, Otávio Batista Abrantes, de 50 anos, diz que ele vendia milho e pamonha em um carrinho nas ruas da região. "Por isso encontraram um botijão no carro dele", afirmou. Segundo Abrantes, Lourenço estaria voltando ao Ibirapuera após comprar os produtos em um mercado quando foi atingido. "Ele sempre comprava ali. Entrou sem querer no meio do tiroteio."De acordo com Avandro Barreto, de 40 anos, ex-cunhado da vítima, Lourenço morava sozinho no bairro de Parelheiros, extremo sul da cidade. Durante a semana, dormia no carro, em ruas da região do Ibirapuera, para começar a vender seus produtos pela manhã. "Ele só voltava às quartas e sextas para casa, para ver as crianças." O vendedor era pai de uma menina de 6 anos e de um garoto de 8. "Ele era um homem trabalhador, pagava pensão para as crianças", disse.Apesar das referências dadas pela família, o major Sérgio Watanabe, coordenador operacional do 12.º Batalhão da PM, trata Lourenço como suspeito. Ele afirma que a questão está "nebulosa" e que o vendedor parou no meio do tiroteio por vontade própria, atitude considera suspeita. A Polícia Civil, no entanto, descarta a participação de Lourenço no crime.Segurança. A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) informou que tem mantido reuniões com as Polícias Civil, Militar e Federal e com o Exército para a identificação e a prisão dos ladrões de caixas eletrônicos. Segundo o órgão, os bancos investem anualmente R$ 9,4 bilhões em segurança. Em nota, a PM afirmou que monitora as ocorrências e faz um mapeamento das regiões de maior incidência. A partir daí, emprega os recursos de policiamento, principalmente da Força Tática, com viaturas maiores e efetivo reforçado. ApreensãoA PM apreendeu um colete à prova de balas, um fuzil AR-15, oito carregadores de AR-15, um carregador de fuzil 762 mm e duas pistolas. Quatro carregadores estavam no carro de Lourenço.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.