
26 de abril de 2013 | 02h06
Atualizado às 12h05
SÃO PAULO - Queimada viva durante um assalto em São Bernardo do Campo na tarde de quinta-feira, 25, a dentista Cinthya Magaly Moutinho de Souza, de 47 anos, fazia atendimentos gratuitos a pacientes que não tinham condições de pagar. Essa gentileza, segundo as investigações, pode ter facilitado a entrada dos bandidos que a assassinaram dentro de seu consultório: Cinthya teria liberado a entrada depois que um deles disse que precisva de atendimento.
A vítima era solteira e vivia com os pais e uma irmã, que tem deficiência mental. "A Cinthya era uma mãe para a irmã. Elas ficavam sempre juntas", disse o pai, Viriato de Souza. "Ainda não contamos à mais nova o que aconteceu, mas ela é muito esperta."
Segundo a vizinha e também paciente de Cinthya, Vitória Fernandes, de 70 anos, era a dentista quem cuidava dos pais, que são aposentados, e da irmã. "Era uma pessoa simples, humilde, maravilhosa."
Para o vizinho Carlos Marques Ferreira, de 66, quem matou Cinthya era conhecido dela. "Ela não ia negar atendimento a um paciente. E alguém se aproveitou disso."
O assalto. Três bandidos invadiram a clínica odontológica de Cinthya e roubaram seu cartão de crédito. Dois deles foram fazer um saque em um caixa eletrônico e, após constatarem que a dentista só tinha R$ 30 na conta, retornaram, atearam fogo na vítima e fugiram. A polícia acredita que um quarto suspeito esperava o resto do grupo do lado de fora, em um Audi preto.
Imagens de câmeras de segurança revelaram a identidade de um dos suspeitos, Jonatas Cassiano Araújo, de 21 anos. Ele foi reconhecido na noite de quinta-feira pela própria mãe, que compareceu ao 2º DP de São Bernardo. Um menor apreendido nesta madrugada também informou à polícia que Araújo ligou para ele depois do crime falando do que havia ocorrido. O menor, que teve a participação no crime descartada, foi liberado.
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