PUBLICIDADE

Vítima de sequestro morre em porta-malas após carro capotar

Polícia realizou perseguição na zona oeste de SP contra trio que estava em veículo roubado; 2 menores estão entre os investigados

Foto do author Marco Antônio Carvalho
Por Marco Antônio Carvalho
Atualização:

Atualizado às 20h36

O maquinista Edcarlos Santana Araújo, de 26 anos, morreu no porta-malas de seu carro após o veículo, conduzido por um dos suspeitos de tê-lo sequestrado, capotar, na noite de anteontem, na Rodovia Anhanguera. O acidente aconteceu durante a perseguição ao automóvel, realizada pela Polícia Militar. Um homem e dois adolescentes participaram do crime.

Suspeitos perderam controle do carro na Rodovia Anhanguera, onde atingiram um poste de iluminação pública e invadiram pátio de uma empresa Foto: Edu Silva/Futura Press

PUBLICIDADE

" SRC="/CMS/ICONS/MM.PNG" STYLE="FLOAT: LEFT; MARGIN: 10PX 10PX 10PX 0PX;" CLASS="IMGEMBED

Segundo a PM, por volta das 23 horas, uma viatura realizava patrulhamento na zona oeste da capital paulista. Na Rua Professor Ariovaldo Silva, na Vila Leopoldina, a polícia deu ordem de parada a um carro modelo Ford Focus, que não atendeu ao pedido e fugiu, dando início à perseguição. O veículo partiu em direção à Marginal do Tietê e seguiu para a Rodovia Anhanguera, onde o motorista perdeu o controle, atingiu um poste de iluminação pública, capotou e invadiu o pátio de uma transportadora. De acordo com a Polícia Militar, os suspeitos atiraram e tentaram se esconder na empresa, mas acabaram detidos. O servente Pedro Luís de Souza, de 26 anos, e os dois adolescentes – uma garota de 15 anos e um rapaz de 17 – foram levados para o pronto-socorro do Hospital Vila Cachoeirinha. A menina teve de passar por cirurgia. Os suspeitos serão autuados por roubo qualificado, homicídio com dolo eventual e resistência à prisão. Os adolescentes serão encaminhados para a Fundação Casa. Souza também deverá ser autuado por corrupção de menores. Com os criminosos, a polícia apreendeu um revólver calibre 38. Após inspeção no carro, que ficou completamente destruído, os policiais encontraram Edcarlos Santana Araújo amarrado no porta-malas, com uma lesão grave no pescoço. Equipes de socorro tentaram reanimá-lo, mas ele morreu no local. Com a vítima foi encontrado um crachá profissional da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). Araújo trabalhava havia dois anos na empresa, atuando nas Linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda. Ele estava de folga quando foi sequestrado. Investigação. A polícia deverá pedir ainda nesta semana informações sobre as movimentações bancárias de Araújo. O objetivo dos investigadores é descobrir se algum saque foi realizado da conta da vítima na noite do crime. Segundo a polícia, isso poderia reforçar a hipótese de que o maquinista sofreu um sequestro relâmpago. Familiares relataram à polícia que Araújo havia saído de casa por volta das 20 horas de anteontem, não informando para onde iria. A polícia suspeita que o sequestro tenha acontecido em Osasco, na Região Metropolitana de São Paulo, onde a vítima morava e os três criminosos também residem. Em depoimento à polícia, os suspeitos se recusaram a fornecer informações, dizendo que só falarão em juízo.Criminalidade. A Rua Professor Ariovaldo Silva, na Vila Leopoldina, na zona oeste de São Paulo, é conhecida por ser um ponto de tráfico de drogas, com recorrentes investigações da polícia. Os PMs que faziam o patrulhamento na região onde os criminosos foram encontrados e que deram início à perseguição afirmaram que o carro dirigido pelos suspeitos estava a mais de 160 km/h antes de o motorista perder o controle, na altura do km 14,5 da Anhanguera.Para lembrar. Um guarda-civil de 35 anos foi morto por PMs que o confundiram com um assaltante durante uma perseguição policial, na noite de 6 de setembro, em Itaquaquecetuba, na Grande São Paulo. Roberto Carlos Ribeiro dos Santos estava sem farda quando foi baleado. Ele morreu no pronto-socorro do Hospital Santa Marcelina, em Itaquera, na zona leste. Santos e um colega fardado perseguiam suspeitos de um assalto.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.