"O risco de tiroteio durante um assalto é muito grande"Nabil SahyounPor que não há vigilantes armados dentro dos shoppings?
O risco é muito grande. Se o vigia reagir, pode haver tiroteio. Aí há correria, pânico e risco de alguém ser baleado. A orientação é que os seguranças não reajam a assaltos dentro dos shoppings, só na área externa.
Mas nem armas não-letais?
Já fizemos estudos sobre isso e ainda é arriscado. O bandido não sabe se a arma que o vigilante sacou é letal ou não e vai atirar do mesmo jeito.
Não considera privilégio shoppings pedirem a presença da PM em suas portas?
Não é privilégio. Se você vai a um jogo de futebol, tem carro de polícia na porta do estádio. Há shoppings que recebem mais de 50 mil pessoas por dia. A segurança pública está aí para isso.
"Letais ou não, armas só devem ser usadas no momento certo"Flávio SandriniSuperintendente da VS SegurançaA falta de vigilantes armados não deixa o shopping vulnerável?
Não acredito nisso. Mas é importante dizer que há muitos shoppings que têm vigilantes armados. Armar ou não os vigilantes é uma decisão do shopping.
Como avalia o uso de armas não-letais dentro dos shoppings?
Somos a primeira empresa do País a ter autorização para usar arma não-letal, o taser. O grupo Iguatemi, nosso cliente, foi pioneiro no uso dessas armas.
Não há risco de o bandido confundir o taser com uma pistola e começar a dar tiros?
Tanto armas letais quanto não letais devem ser usadas no momento certo. Daí a importância de se treinar os vigilantes. Eles devem avaliar se vale ou não a pena usar a arma, pensando na segurança dos clientes, do shopping e na sua própria vida.