Vídeo mostra homens armados e tráfico de drogas durante tumulto na Cracolândia

Segundo Prefeitura, criminosos tentaram destruir as câmeras de segurança; para Doria, GCM 'agiu como tinha que agir'

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Por Priscila Mengue
Atualização:

SÃO PAULO - Imagens de câmeras de segurança da Guarda-Civil Metropolitana (GCM) divulgadas pela Prefeitura mostram homens armados e a venda de drogas na região da Cracolândia, no centro da capital paulista, durante o confronto desta quarta-feira, 10. Segundo a administração municipal, criminosos tentaram destruir os equipamentos de vigilância.

O tumulto começou após dois pedestres terem o celular roubado por criminosos e terminou com duas prisões, dependentes químicos e GCMs feridos, lojas saqueadas, comércios depredados e até um ônibus sequestrado por usuários de droga.

Além da presença de um homem armado, câmera registrou a venda e o uso de drogas na esquina da Rua Helvétia com a Alameda Dino Bueno Foto: GCM

O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou nesta quinta-feira, 11, que não houve falha ou irresponsabilidade na ação da GCM. "Agiu como tinha que agir", disse.

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Segundo o prefeito, a ação da Guarda atendeu um "movimento conturbado", uma "circunstância pontual que exigiu intervenção da GCM na área", mas não vai alterar o planejamento do projeto Redenção, que pretende começar a revitalizar a região ainda neste semestre, em conjunto com os governos federal e estadual.

O primeiro passo será a retirada dos moradores de rua da Cracolândia.

"A Cracolândia tem prazo final para acabar", disse o prefeito, sem citar data. "Muito em breve. A Cracolândia tem fim determinado, e os criminosos que lá agem pode estar certos que serão apenados."

Confronto e PCC. Segundo relatos, as duas vítimas que tiveram os celulares levados nesta quarta-feira teriam corrido atrás do assaltante, mas acabaram presas no "fluxo", como é chamado o local de concentração de usuários de droga, onde o ladrão havia se escondido. Ao interceder, guardas-civis que atuam na área conseguiram deter um suspeito. Os dependentes químicos, no entanto, reagiram à prisão do colega e cercaram os GCMs.

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Segundo investigações da Polícia Civil, a Cracolândia tornou-se um "reduto" do Primeiro Comando da Capital (PCC), que além de controlar o tráfico mantém armas como submetralhadoras e pistolas no local.

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