30 de setembro de 2012 | 03h03
O talento artístico do francês foi usado como "arma" para satirizar a família do Barão de Tatuí. Em uma época em que os moradores da então capital da província de São Paulo precisavam dar uma volta entre pântanos e matagal para percorrer o centro, todos queriam que fosse feito um viaduto sobre o Vale do Anhangabaú - exceto a família do barão, que teria de deixar a casa onde morava, na Rua Direita, caso o projeto fosse tirado do papel.
Jules Martin apresentou o projeto do viaduto em 1877. Mas, dois anos depois, mudou de ideia e decidiu que a ligação seria feita por um bulevar. A pressão dos moradores o fez mudar de novo de ideia e, depois de muitas discussões com a mulher do barão, em maio de 1885, ele assinou um contrato com a presidência da província (o governo do Estado na época) para fazer a ligação, que terminou em novembro de 1892.
Ao chegar ao Brasil, Martin se instalou em Sorocaba. Sua oficina chegou a ser visitada pelo imperador d. Pedro II. Ele morreu na capital, em setembro de 1906, e seu túmulo ainda é preservado no Cemitério da Consolação. / BRUNO RIBEIRO
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