
23 de setembro de 2011 | 03h01
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Ninguém sabia quem era ele, mas todo mundo começou a correr, com medo. Os professores, então, fecharam o acesso ao pátio e mandaram os alunos entrarem nas salas e ficarem lá até que a situação estivesse sob controle. Peguei o celular e liguei para a minha mãe.
A irmã de uma amiga contou depois que o menino que se matou chamava D. e estava no 4.º ano. Era bem pequeno e nunca soubemos que tinha aprontado nada na escola. Vi quando os policiais levaram o corpo dele. A cabeça estava com muito sangue. Alguns alunos chegaram a ver o D. caído na escada que leva ao laboratório, no segundo andar. Disseram que a arma que ele usou ficou em cima do peito.
O irmão mais velho do menino está na mesma série que eu, no 9.º ano, mas em outra sala. Acho que ele não viu o que aconteceu. A gente sempre soube que os dois eram filhos de policial, mas nunca imaginamos que um deles pegaria uma arma e levaria para a escola.
Não conheço a professora que foi baleada. Ela só dá aula para os alunos menores, mas contaram que o D. não brigou com ela durante a aula. Ele levantou, de repente, e atirou nas costas dela. A professora estava passando a lição na lousa e os outros alunos estavam anotando. Depois do tiro, ele saiu da sala e se matou.
Foi horrível. Todo mundo ficou desesperado e começou a chorar muito. Pedi para minha mãe me buscar porque queria ir embora logo de lá. Mas os professores liberaram as salas aos poucos. Primeiro, os menores; depois, os mais velhos.
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