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Vereadores devem votar novo Plano Diretor nesta segunda-feira

Haddad fez uma série de concessões para garantir a aprovação; relator passou fim de semana analisando 117 emendas

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Por Adriana Ferraz
Atualização:

SÃO PAULO - Pressionados pelo prefeito Fernando Haddad (PT) e pelos sem-teto, que acampam na frente da Câmara Municipal desde terça-feira passada, os vereadores devem votar nesta segunda-feira, 28, o novo Plano Diretor de São Paulo. Essa foi a promessa feita pelos parlamentares na sexta-feira, após o término dos debates. Será a 22.ª vez que o projeto de lei, encaminhado pelo Executivo e reformulado na Casa, entrará na pauta.

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Diferentemente do que ocorreu com o texto que regulamenta a Copa do Povo, solucionado pelos vereadores com projeto escolhido há menos de uma semana e sem debate com a população, o Plano Diretor passou por 61 audiências públicas, ao longo de nove meses. “Ele tem quase 100% de qualidade. É um ótimo plano para São Paulo”, afirma o líder do governo, Arselino Tatto (PT).

Relator do projeto, Nabil Bonduki (PT) passou o fim de semana analisando as 117 emendas propostas pelos vereadores. Outras dezenas de propostas dos parlamentares foram contempladas no texto substitutivo, que será colocado em votação hoje.

Para alcançar os 33 votos necessários, o prefeito Haddad fez concessões a vereadores da base aliada, que até a semana passada nem davam quórum para o início dos debates. 

Na lista de alterações aceitas estão a regularização de igrejas evangélicas na periferia da capital, a liberação de prédios altos no miolo dos bairros e a possibilidade de a região de Parelheiros, na zona sul, ganhar um aeroporto. O plano muda a configuração urbana da cidade e destaca a verticalização no entorno de eixos de transporte.

Uma maior participação dos vereadores nas decisões tomadas pelas subprefeituras também foi acertada em reunião pessoal com Haddad na semana passada. Muitos aliados reclamavam que não conseguiam nem sequer aprovar reparos em praças localizadas em seus redutos eleitorais.

Próximo passo. Com a aprovação do novo Plano Diretor, a Câmara passará a discutir a revisão da Lei de Uso e Ocupação do Solo, ainda mais importante para definir as diretrizes para o crescimento da cidade.

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