Vereadores assumem e afirmam que ciclovias de SP são um retrocesso

Cinco novos parlamentares tomaram posse na Câmara Municipal nesta terça-feira; base do PT diminui

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Por Adriana Ferraz
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SÃO PAULO - Cinco novos vereadores tomaram posse na Câmara Municipal na tarde desta terça-feira, dia 17. Dois deles assumiram o posto criticando a gestão do prefeito Fernando Haddad (PT) e afirmando que uma de suas principais bandeiras, a expansão das ciclovias pela cidade, representa um "retrocesso". Para Jonas Camisa Nova (DEM) e Salomão Pereira (PSDB), o tempo mostrará que a política municipal está equivocada. Assumiram ainda Alessandro Guedes (PT), Marcos Belizário (PV) e Quito Formiga (PR).

Em sua primeira entrevista coletiva como vereador, Camisa Nova ainda foi além. Para o novato, a gestão Haddad tem colocado os ciclistas em perigo. "Não fizemos a coisa adequada, como aumentar as calçadas. Ciclovia no meio dos carros é genocídio. Isso ainda vai acontecer, aí vocês terão certeza", afirmou o democrata, que é padeiro de profissão e assume o posto pela primeira vez. Os demais parlamentares já tiveram outras passagens pela Casa.

Expansão de ciclovias foi criticada pelos vereadores Foto: TIAGO QUEIROZ/ESTADÃ?O

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Segundo Pereira, as ciclovias são feitas em locais errados. "É preciso primeiro fazer um planejamento. Depois aí se faz uma parte e analisa o resultado daquilo, para ver qual é a participação do povo. Não dá para sair pintando em qualquer lugar. Isso é dinheiro mal gasto, um completo retrocesso", disse o tucano, que tem o apoio dos taxistas.

Com as trocas realizadas em função das eleições do ano passado, a bancada do PT, então a maior da Casa, com 11 parlamentares, perdeu uma vaga e empatou numericamente com o PSDB, que ganhou um reforço nesta terça. Ambos os partidos têm agora dez representantes. DEM, PTB e PR também ganharam mais um nome, enquanto o PRB perdeu um e o PSD, três.

A dança das cadeiras é resultado da eleição de dois vereadores para a Câmara Federal - Floriano Pesaro (PSDB), que se licenciou do cargo de deputado para ser secretário estadual de Assistência Social, e Antônio Goulart (PSD) -, e de cinco parlamentares para a Assembleia Legislativa. São eles: Roberto Tripoli (PV), José Américo (PT), Coronel Camilo (PSD), Coronel Telhada (PSD) e Marta Costa (PSD). Outros dois titulares de mandatos deixaram a Casa neste ano para tornarem-se secretários. Nabil Bonduki (PT) assumiu a Secretaria Municipal de Cultura e Jean Madeira (PRB), a Secretaria de Estado de Esportes, Lazer e Cultura. 

Por fim, Antonio Carlos Rodrigues (PT) está licenciado desde o início da legislatura. Suplente da senadora Marta Suplicy (PT), passou os dois primeiros anos no Senado e hoje ocupa o cargo de ministro dos Transportes. Tantas mudanças já levam a liderança do governo a vislumbrar dificuldades para aprovar projetos do Executivo. "Vamos ter de dialogar", disse Arselino Tatto (PT).

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