Verba de emendas sobe 33% em SP e chegará a R$ 4 mi em 2019

Em 2019, os 55 vereadores de São Paulo terão R$ 4 milhões em ações e serviços para indicar à Prefeitura

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Por Bruno Ribeiro
Atualização:

SÃO PAULO - Os vereadores de São Paulo vão receber aumento de 33% nas verbas para emendas parlamentares em 2019. Neste ano, eles haviam recebido R$ 3 milhões. No ano que vem, os 55 parlamentares terão R$ 4 milhões em ações e serviços para indicar à Prefeitura. O aumento foi incluído na aprovação do orçamento da cidade para o ano que vem.

O prefeito Bruno Covas (PSDB) defendeu o aumento, argumentando que há uma relação “harmônica” entre o Legislativo e o Executivo. “Quando o vereador indica suas emendas, indica para a área em que a Prefeitura já gasta”, afirmou. “Já são gastos que a Prefeitura faria. Mas fará onde a sociedade se articulou, conseguiu eleger um vereador e ele vai conseguir levar recursos para aquele espaço.”

O presidente da Câmara Municipal, vereadorMilton Leite (DEM), durante sessão que votou a reforma da Previdência municipal e o Orçamento para 2019 Foto: Werther Santana/Estadão

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​Orçamento.

Em votação simbólica na tarde de quarta-feira, 26, os vereadores aprovaram o orçamento da cidade para o ano de 2019 prevendo aumento de gastos com a educação e saúde, e com corte de gastos em parte das subprefeituras da capital. A aprovação ocorreu com o registro de nove votos contrários, a maior parte da bancada do PT, da oposição. A proposta do governo, que pedia orçamento de R$ 60,1 bilhões para o ano, foi aumentada para R$ 60,5 bilhões nas discussões feitas na Câmara. A Secretaria Municipal de Educação ficou com uma previsão de gastos de R$ 12,8 bilhões, contra R$ 11,8 bilhões liberados neste ano. O Fundo Municipal da Saúde, que custeia a maior parte dos gastos dessa área, ficou com orçamento de R$ 8,8 bilhões. Neste ano, ele teve R$ 8,15 bilhões em recursos. Nas discussões da Câmara, os vereadores aumentam os recursos deles mesmos, fazendo o orçamento para a Câmara Municipal passar de R$ 630 milhões, na proposta enviada pela gestão Covas, para R$ 690 milhões. Também deram mais R$ 22 milhões para o Tribunal de Contas do Município (TCM), que terá em 2019 uma previsão de gastos de R$ 290,6 milhões.

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