SÃO PAULO - Os dois balões que caíram no sábado em Boituva, a 115 km de São Paulo, enfrentaram rajadas de vento de até 75 km/h. A informação foi confirmada pelo balonista Johnny Alvarez, de 37 anos, segundo dados do GPS que ele usava no dia. Três pessoas morreram - entre elas o piloto de um dos balões - e 14 ficaram feridas no acidente.
Alvarez, dono da empresa de balonismo Johnny do Balão, pilotava um dos balões que foram apanhados pela rajada. Ele, no entanto, conseguiu pousar num campo e foi resgatado com dois amigos. A empresa está fechada desde então em respeito às vítimas do acidente.
"Foi um evento da natureza, sem previsibilidade. Os balonistas não tinham a previsão de rajadas", afirmou o delegado-assistente de Boituva, Silvan Renosto. O vento, segundo o piloto, mudou 180º, passando a soprar da direção sul para a norte. A carta meteorológica do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) feita no dia do ocorrido não apontava nenhuma informação sobre rajadas de vento, de acordo com Renosto.
Segundo o delegado, a informação da velocidade do vento ainda não é oficial, pois ainda falta a confirmação do laudo realizado pela Confederação Brasileira de Balonismo (CBB). O laudo também deve mostrar o trajeto que os balões percorreram naquele sábado e confirmar a versão dada pelo piloto. A polícia já ouviu o piloto e amanhã deve colher o depoimento de quatro testemunhas que estavam nos balões.