
26 de junho de 2010 | 00h00
Desempregado, analfabeto, José Edílson Miguel dos Santos, de 33 anos, passa o dia rodando com sua carroça pelo município de Rio Largo em busca de objetos descartados. O chefe de família não é desabrigado nem desalojado, mas pobre.
Ontem, ele estava feliz por conseguir uma televisão enlameada. "Eu pedi à dona", esclareceu. O pedido surpreendeu Isabel Patrícia Malta, de 31 anos, cuja residência foi invadida pela enchente. "Essa televisão não presta mais." Apesar disso, José Edílson estava esperançoso: "Vou desmontar, limpar e ver se a televisão funciona."
Santos fazia as buscas acompanhado por um vizinho. Antonio Marques da Silva, de 26 anos, catava latas e objetos de cobre ou alumínio entre os destroços. "Na quarta-feira ganhei R$ 10 vendendo para um depósito de reciclagem", afirmou.
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