PUBLICIDADE

Vários consulados já facilitam vistos

China reforma prédios para melhorar acomodações, enquanto Japão tenta manter prazo curto, mesmo com ida do Corinthians ao Mundial

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

A disputa pelo turista brasileiro foi parar nos consulados. Para não ficar para trás, países que ainda exigem visto começam aos poucos a facilitar a entrega do documento, seguindo a política adotada pelos Estados Unidos recentemente. Essa facilitação vai desde uma melhora no atendimento - com a reforma das instalações ou a contratação de mais funcionários - até a transformação do processo em totalmente eletrônico.Países como México, Austrália, China e Japão lideram esse movimento. O consulado da China no Jardim América, por exemplo, está em reforma - estão construindo um novo prédio administrativo para acomodar uma maior quantidade de funcionários, contratados em razão da demanda. Em cinco anos, dobrou o número de vistos emitidos para brasileiros que desejam passear ou fazer negócios em território chinês. Segundo o cônsul-geral-adjunto da China, Wang Feng, o total de carimbos concedidos passou de 20 mil em 2006 para mais de 40 mil no ano passado. Feng diz que, quando terminar a obra do prédio, outra vai começar, desta vez na casa onde os solicitantes de visto são atendidos. As instalações serão ampliadas para acomodar melhor as pessoas na fila. Na quinta-feira passada, o empresário Flavio Minoru, de 37 anos, retirou a autorização para viajar à China. "Foi tranquilo, sem filas ou atrasos. O visto saiu em dois dias, mas só porque eu estava com a documentação em ordem. A lista de exigências ainda é bem grande. Pedem até cópia dos vistos anteriores e, em caso de negócios, uma carta-convite do governo chinês", diz.De SP a Tóquio. A classificação do Corinthians para o Mundial de Clubes em dezembro, no Japão, movimenta desde setembro os corredores do consulado em São Paulo, onde funcionários correm para manter o padrão de qualidade e o prazo de entrega, que é de dois a três dias.Quem entra na fila sai satisfeito. É o caso dos noivos Lielson Tiozzo Santana, de 26 anos, e Valéria Nery, de 32. Corintianos, marcaram a data do casamento a tempo de embarcar com o time para o Japão."Tiramos o visto há cerca de um mês, depois de nos informarmos sobre os procedimentos corretos. Apesar da alta procura, o prazo foi cumprido. Nem precisamos da ajuda de despachantes, que cobram caro pelo documento. Por nossa conta, cada um saiu por R$ 61", diz Santana.Austrália. Desde o começo do ano, quem vai para a Austrália também teve a vida facilitada com o visto eletrônico, válido desde fevereiro para quem tem passaporte brasileiro. Basta preencher um formulário na internet e pagar a taxa de valor equivalente a R$ 240, usando cartão de crédito internacional.O sistema da embaixada australiana faz uma análise dos dados do solicitante online. Em alguns casos, o visto chega a sair no mesmo dia, em até 8h. O prazo máximo é de 10 dias úteis.Quem pretende viajar para o México, por exemplo, também não precisa mais comparecer ao consulado em busca do visto. Basta preencher um formulário digital disponível na internet e apresentá-lo no dia da viagem diretamente à companhia aérea, sem custo adicional. O processo, no entanto, só é possível se a empresa estiver cadastrada no Sistema de Autorização Eletrônica (SAE). No Brasil, oito das nove empresas que voam para o México possuem o sistema, incluindo TAM, Gol, Taca, Lan e Aeromexico. Visto americano válido também é suficiente para entrar no México. Desde o começo do mês, brasileiros ainda podem ir sem visto para outros quatro países: Malta, Estônia, Chipre e Letônia, todos na Europa. As facilidades são apenas para quem vai a turismo e pretende passar até 90 dias nesses locais. / ADRIANA FERRAZ, NATALY COSTA e ANDRÉ CABETTE, ESPECIAL PARA O ESTADO

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.