Vândalos se unem para enfrentar PM na região central de São Paulo

Grupo aproveitou confronto após tentativa de reintegração na Av. São João para saquear lojas e incendiar orelhões e um ônibus

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Por Diego Zanchetta , Felipe Resk e Caio do Valle
Atualização:

SÃO PAULO - Sem ligação com movimentos de luta por moradia, um grupo de vândalos, formado por estudantes, usuários de droga, moradores de rua entre outras tribos que frequentam o centro, juntou-se à batalha entre manifestantes e policiais militares após a tentativa de reintegração de posse do prédio do Aquarius Hotel, na Avenida São João. Jovens, alguns deles mascarados, arremessaram pedras contra PMs e bombeiros e aproveitaram a confusão para saquear lojas, incendiar lixeiras, orelhões, duas guaritas e um ônibus e realizar arrastões.

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Todo o comércio do centro baixou as portas na manhã desta segunda-feira, 15. Uma fumaça negra se formou após a explosão das bombas de gás lacrimogêneo pela Polícia Militar. A confusão, que se iniciou na São João, logo se espalhou por outros pontos da região central, da Praça da Sé à Santa Cecília.

"São grupos de vândalos, não teve nada a ver com a reintegração de posse. Aproveitaram o momento de confusão para saquear as lojas", afirmou o comandante de policiamento da capital, coronel Glauco Silva de Carvalho.

Segundo o capitão do Corpo de Bombeiros, os profissionais que chegaram à Rua Coronel Xavier de Toledo para apagar as chamas do coletivo incendiado na esquina da Rua Coronel Xavier de Toledo com o Viaduto do Chá, próximo ao Theatro Municipal, foram hostilizados. Às 11h30, o veículo articulado da Santa Brígida começou a ser guinchado. Antes, várias pessoas entraram nele para furtar fios de cobre.

Há pelo menos seis feridos, sendo três PMs, um morador de rua ferido na cabeça e um pedestre ferido por estilhaço de bomba. Os policiais foram encaminhados à Santa Casa de Misericórdia.

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