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Usuário da cracolândia que não trabalha passará por avaliação médica

Prefeitura vai avaliar para, posteriormente, excluir do programa 'De Braços Abertos' aqueles que não estiverem cumprindo as exigências, como comparecer ao trabalho

Por Laura Maia de Castro
Atualização:

SÃO PAULO - O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, afirmou na manhã desta segunda-feira, 19, que cerca de 70 usuários de crack do programa De Braços Abertos não estão trabalhando nem uma hora por semana e, por isso, passarão por uma avaliação médica para saber, caso a caso, como a Prefeitura deve proceder.

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Como adiantou o Estado no dia 15, os participantes que não estiverem cumprindo a carga horária de trabalho e deixarem de apresentar justificativa serão excluídos do programa e perderão o direito de morar em hotéis pagos pela Prefeitura.

"Das 399 pessoas do programa, 318 estão trabalhando em alguma medida. Não as 20 horas por semana, como é requisito do programa, mas de acordo com as suas possibilidades, inclusive de saúde - física e mental. Você não pode, sob pena de comprometer o programa, expô-las a um tipo de pressão que um trabalhador em geral recebe no seu dia a dia porque está gozando de plena saúde".

Segundo o prefeito, a avaliação médica será feita para saber se a saúde é o motivo pelo qual esses participantes não estão trabalhando ou se eles "estão com práticas que não são condizentes com o programa" - como exemplo, o prefeito citou um ex-participante do programa que foi preso por tráfico de drogas.

"Depois da avaliação médica, faremos uma avaliação caso a caso para saber como proceder. Se é preciso uma outra abordagem, se é preciso um outro tipo de tratamento para essa pessoa específica", disse o Prefeito.

De acordo com Haddad, em contrapartida aos que não estão trabalhando, há 40 usuários que estariam aptos a trabalhar de carteira assinada e há empresários interessados em oferecer a eles uma oportunidade de emprego. Esses participantes também devem ser transferidos a um novo hotel nas próximas semanas.

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