USP ganha ''xerife'' e reforça segurança

Titular de Geociências cuidará da vigilância de todos os câmpus; na Cidade Universitária, já pensa até em adotar carteirinha com chip

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Por Luisa Alcalde
Atualização:

A Universidade de São Paulo (USP) tem agora um "xerife" para tratar de questões de segurança interna. O escolhido é o professor titular da área de Geociências Adilson Carvalho, ex-prefeito do câmpus da capital, que ocupava até agora o cargo de diretor administrativo ligado à reitoria. É ele também que está à frente do protocolo de entendimento que deve ser oficializado entre a universidade e a Secretaria da Segurança Pública para ação conjunta entre a Polícia Militar e a Cidade Universitária. As mudanças na segurança foram propostas após um estudante ter sido assassinado em uma tentativa de assalto na USP, em maio.O reitor João Grandino Rodas acaba de criar uma superintendência de segurança ligada diretamente ao seu gabinete. Até então, todas as questões que tratavam de violência e criminalidade ocorridas dentro da universidade eram responsabilidade da Coordenadoria do Câmpus, à qual está ligada a Guarda.Esse novo órgão vai gerenciar a política de segurança para todos os câmpus da USP. Por enquanto, a recuperação do sistema de monitoramento feito por meio de 85 câmeras instaladas em setembro de 2008 é prioridade. O contrato com uma empresa de manutenção já foi firmado.Carvalho diz que o passo seguinte será duplicar o número de equipamentos e aumentar consideravelmente a capacidade de armazenamento das imagens. Uma nova sede da Guarda Universitária, onde ficará a central de monitoramento ampliada, também será construída entre o prédio do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e o terminal de ônibus próximo da saída pela Avenida Politécnica. "Trata-se de um local estratégico", explica o xerife.O professor também pensa em aumentar o controle de quem entra no câmpus, principalmente a pé e no período noturno. Como projeto futuro já se discute a possibilidade de adotar uma carteirinha com chip para acesso a pé. O acesso motorizado será vigiado por meio de duas câmeras em todas as portarias. Uma vai gravar a placa do veículo e outra, a imagem do condutor. "Um programa específico vai permitir saber quanto tempo o carro circulou pelo câmpus ou se apenas o atravessou."

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