Urbanista critica falta de estudo do impacto no trânsito da região

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Por Diego Zanchetta
Atualização:

Representante das regiões de Pinheiros, Lapa e Perdizes no Conselho Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Cades), a urbanista Ros Mari Zenha cobrou da Prefeitura um estudo de capacidade do sistema viário do perímetro de 5,7 milhões de metros quadrados da Operação Urbana Água Branca."Falam em adensar a Barra Funda, em ampliar o Estádio do Palmeiras, em fazer galerias. Mas cadê um relatório de impacto dessas obras no trânsito? Não podemos aceitar um Eia-Rima que não contemple o que pode ocorrer com o sistema viário da região", argumenta a urbanista. Em audiência realizada na quinta-feira à noite na Universidade Nove de Julho para debater o relatório do impacto das obras produzido pela Walm Engenharia, Ros Mari entregou um documento aos cerca de 1.100 presentes com as objeções à aprovação imediata do Eia-Rima. "Precisamos realizar quantas audiências forem necessárias para tornar o tema mais claro para os moradores, e não apenas as duas audiências oficiais", acrescentou.A urbanista também considera que a construção de duas galerias para os Córregos da Água Preta e Sumaré não serão suficientes para resolver o problema das enchentes. "Temos cinco bacias hidrográficas na área da operação urbana. Queremos também a galeria para o Córrego Água Branca, que corta a Avenida Francisco Matarazzo. Só duas galerias não vão evitar os alagamentos", avalia. "O Eia-Rima nem levantou as possíveis áreas contaminadas da região."Coordenadora do Defenda SP, Lucila Lacreta também criticou a proposta de aumento populacional para a área. Representante da Prefeitura na reunião, Vladir Bataglini defendeu o Eia-Rima e o adensamento dos bairros Água Branca e Barra Funda. "É uma região com excelente infraestrutura de transporte e com imensos espaços ainda vazios. Mas 37% dos blocos de desapropriações envolvem apenas galpões com perfil industrial, e não residências", afirma Bataglini.O secretário municipal do Verde e Meio Ambiente, Eduardo Jorge, não se manifestou durante o encontro. / D.Z.

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