
08 de novembro de 2010 | 00h00
"Falam em adensar a Barra Funda, em ampliar o Estádio do Palmeiras, em fazer galerias. Mas cadê um relatório de impacto dessas obras no trânsito? Não podemos aceitar um Eia-Rima que não contemple o que pode ocorrer com o sistema viário da região", argumenta a urbanista.
Em audiência realizada na quinta-feira à noite na Universidade Nove de Julho para debater o relatório do impacto das obras produzido pela Walm Engenharia, Ros Mari entregou um documento aos cerca de 1.100 presentes com as objeções à aprovação imediata do Eia-Rima. "Precisamos realizar quantas audiências forem necessárias para tornar o tema mais claro para os moradores, e não apenas as duas audiências oficiais", acrescentou.
A urbanista também considera que a construção de duas galerias para os Córregos da Água Preta e Sumaré não serão suficientes para resolver o problema das enchentes. "Temos cinco bacias hidrográficas na área da operação urbana. Queremos também a galeria para o Córrego Água Branca, que corta a Avenida Francisco Matarazzo. Só duas galerias não vão evitar os alagamentos", avalia. "O Eia-Rima nem levantou as possíveis áreas contaminadas da região."
Coordenadora do Defenda SP, Lucila Lacreta também criticou a proposta de aumento populacional para a área.
Representante da Prefeitura na reunião, Vladir Bataglini defendeu o Eia-Rima e o adensamento dos bairros Água Branca e Barra Funda. "É uma região com excelente infraestrutura de transporte e com imensos espaços ainda vazios. Mas 37% dos blocos de desapropriações envolvem apenas galpões com perfil industrial, e não residências", afirma Bataglini.
O secretário municipal do Verde e Meio Ambiente, Eduardo Jorge, não se manifestou durante o encontro. / D.Z.
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