Único posto gerenciado é chamado de 'AMA de lata'

Moradores elogiam atendimento e funcionários 'dedicados e ágeis', mas reclamam de calor

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Por Eduardo Reina
Atualização:

SÃO PAULO - A única Assistência Médica Ambulatorial que a Seconci-SP assumiu a gestão, a AMA do Jardim Popular, na zona leste, é conhecida pelos usuários como "AMA de lata".

 

Toda a estrutura do prédio térreo é feita de metal. A estrutura dos pilares dá suporte para paredes de metal, madeira e colunas de gesso. A construção começou em junho de 2008 e o atendimento foi iniciado meses depois. Moradores do bairro alegam que o atendimento é bom porque os funcionários são dedicados e ágeis. O problema é o calor e a falta de ventilação. O prédio fica em uma encosta. Outro problema é a porta de entrada: é preciso descer uma pequena rampa e, ao chegar à porta, há dificuldade até para uma maca passar. No local, os atendimentos de maior demanda são para clínico geral e ortopedista, além de raio X. Maria Antonieta Damasceno, que levou o pai para uma consulta, disse que foi bem atendida e não teve muito tempo de espera. "A espera aqui é menor do que na AMA Cangaíba. Só que é muito quente. A gente quase derrete e os mais velhos sofrem muito."Pascoal Freitas Silva, morador na Avenida Jaime Torres, mesmo endereço da AMA, contou que na semana passada foi tirar um raio X do tornozelo, que torceu. "Não demorou. Eu gosto muito daqui. O pessoal atende muito bem. Mas, se tivesse mais investimento, tenho certeza de que ficaria melhor", dizNo posto, as áreas de segurança e limpeza foram terceirizadas, conforme funcionários do local, que preferem não ser identificados. Os serviços médicos e de exames de raio X são prestados por empresas contratadas pelo Seconci-SP. PROBLEMAS1. A Seconci recebeu R$ 27 milhões para assumir o gerenciamento de 31 unidades de saúde, mas assumiu o comando de apenas 1 unidade 2. Dos R$ 27 milhões, R$ 18 milhões (67%) permaneciam em aplicações financeiras ao final da primeira etapa do contrato, sem utilização efetiva3. Falta de conta corrente específica da OS para o repasse dificulta fiscalização, diz TCM4. Para o TCM, os aditamentos contratuais serviram para "afinar" o objeto do contrato, o que, na visão dos conselheiros, é irregular

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