25 de janeiro de 2013 | 02h10
beberia a água das rosas,
beberia suas mãos ajeitando a folhagem,
beberia seu suspiro de abelhas,
beberia sua queda por janelas antigas,
beberia sua teimosia em guardar os objetos
do pai,
beberia sua vontade de misturar cor e cheiro,
beberia seu equilíbrio com as palavras,
beberia suas feridas nas unhas,
beberia sua pinta no pescoço,
beberia seu braço ruivo,
beberia toda cidade no caule de sua casa,
naquele momento
em que as rosas se adiantam
e começam a nos beber.
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