
23 de dezembro de 2010 | 00h00
Todos se lembram dos resultados: aviões no chão, aeroportos lotados e passageiros enfurecidos. Embora a greve dos trabalhadores da aviação não deva produzir o mesmo caos daquele ano, o prejuízo aos passageiros será inevitável. Os sindicalistas dizem ter sido "empurrados" para a greve pelas companhias aéreas, transferindo toda a responsabilidade. Mas sabem que, se houver transtornos nos aeroportos a partir de hoje, são eles quem ficarão marcados.
"Não vamos ganhar nada, mas evitaremos acidentes", responde Gelson Fochesato, presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas, quando indagado sobre os objetivos que pretende alcançar ao levar adiante a paralisação neste Natal. É uma posição louvável diante das últimas tragédias (da Gol, em 2006, e da TAM, em 2007), mas ao mesmo tempo arriscada. Assim como os controladores, eles correm o risco de sair enfraquecidos e verem suas reivindicações ignoradas não só pelas empresas, mas também pela sociedade. Se isso acontecer, todos sairão perdendo.
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