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Um morre em ação no RJ atrás de autor de chacina

Por Antonio Pita e RIO
Atualização:

Após a megaoperação de ontem das Polícias Civil e Militar do Rio em busca de envolvidos na onda de violência em Mesquita, na Baixada Fluminense, um homem foi morto durante tiroteio, três menores foram apreendidos e dez pessoas, presas. Todos têm relação com o tráfico, mas não com as mortes na Favela da Chatuba, há uma semana, quando dez pessoas foram mortas por traficantes da região. Desde quarta-feira, a polícia já prendeu um ex-militar, apreendeu dois menores e decretou a prisão de cinco suspeitos (foragidos) de envolvimento com os crimes. Na operação de ontem, foram apreendidas drogas, pistolas, uma metralhadora antiaérea, uma granada e munições. Participaram 350 policiais - com apoio de blindados e helicópteros. Eles percorreram seis favelas da zona norte do Rio, comandadas pela mesma facção que atua na Chatuba.Vítimas. A última vítima ligada à chacina - que deixou seis mortos -, José Aldecir da Silva Júnior, de 19 anos, foi enterrada ontem, em Nilópolis. Seu corpo foi achado na quinta-feira, em uma área do Exército usada pelos traficantes como refúgio. Ele teria sido pego após ver a morte de um pastor que percorria a área do tráfico. Além deles, seis jovens foram capturados, torturados e mortos. Um policial militar também foi executado e uma ossada segue não identificada. Segundo o Comando Militar do Leste (CML), a área onde os traficantes se refugiavam era patrulhada e teve parte da mata cedida à cidade de Mesquita para a criação de um parque. A prefeitura trabalha no projeto. O secretário de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame, visitou a região na manhã de ontem para avaliar a criação de duas bases independentes da PM. Ele descartou, entretanto, a abertura de uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP). "Não posso aceitar que haja entre oito e dez homicídios nesta região."

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