11 de novembro de 2013 | 19h26
PRESIDENTE PRUDENTE- O detento Wanderson Nilton de Paula Lima, apelidado de Andinho e um dos principais chefões do Primeiro Comando da Capital (PCC), foi removido hoje da P 2 de Presidente Venceslau para uma cela do sistema Regime Disciplinar Diferenciado (RDD) na Penitenciária de Presidente Bernardes, no oeste paulista. A Polícia Militar montou um forte esquema de segurança para transportar Andinho, o sexto dirigente da facção a ser isolado por decisão do Tribunal de Justiça (TJ-SP), que concordou com a transferência de oito presos solicitada pelo Ministério Público Estadual (MPE).
Andinho foi condenado por sequestros e por ter participado da ação que resultou no assassinato do prefeito de Campinas, Toninho do PT, em 2001. Agora, apenas os presidiários Júlio César Guedes de Morares, o Julinho Carambola, e Francisco Tiago Augusto Bobô, conhecido como Cérebro, aguardam transferência para o RDD. Eles deverão ser removidos nos próximos dias, completando o grupo de oito condenados.
O primeiro chefão do PCC a ir para o isolamento foi Paulo César Souza Nascimento Júnior, o Paulinho Neblina, isolado desde o dia 31 de outubro. Os outros presos removidos são Eric Oliveira Farias, apelidado de Quebra e Gominho, Fabiano da Silva, apelidado de Cansado, Fabiano Alves de Souza, chamado de Paca, e Daniel Vinicius Canônico, conhecido como Cego.
Na cela do RDD, o preso fica sozinho. Ele não vê televisão, não ouve rádio e não lê jornal. Tem direito a duas horas de banho de sol por dia, e as visitas são controladas. Desta vez, a Justiça determinou a internação cautelar por 60 dias. Durante esse período, o tribunal julgará a permanência por um ano como quer o MPE, que apurou, por meio de escutas telefônicas, as atividades criminosas da facção, que atua dentro e fora dos presídios paulistas.
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