Um dia após temporal, SP tem manhã com garoa, trânsito normal e Ceagesp fechada

Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), após cair 114 mm de chuva na segunda-feira, nesta terça já foram registrados 43 mm na capital

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Por Redação
Atualização:

SÃO PAULO - Um dia depois do temporal que deixou São Paulo submersa, a cidade amanheceu nesta terça-feira, 11, com uma fina garoa, o trânsito habitual e a Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp) fechada. No interior, contudo, o número de mortos pelos temporais chegou a quatro, enquanto uma pessoa ainda está desaparecida.

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Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), após cair 114 mm de chuva na segunda-feira na capital, nesta terça já foram registrados 43 mm. No total, os 11 primeiros dias de fevereiro tiveram 342 mm - em condição normal seriam 249 mm.

A chuva fraca que caiu na capital não atrapalhou o trânsito. Já sem alagamentos, os motoristas não tiveram dificuldade para se deslocar. O rodízio de veículos está suspenso. Os trens do Metrô também circularam normalmente, com exceção da Linha 9 - Esmeralda, da CPTM, que operou durante parte da manhã com velocidade reduzida.

Bairros da zona oeste da capital amanheceram limpos nesta terça-feira. A reportagem percorreu trechos da Barra Funda, Perdizes, Sumaré, Alto da Lapa e Vila Leopoldina e não encontrou lixo acumulado nem pontos de alagamento.

Ceagesp segue fechada

Também pela manhã, permissionários trabalharam para limpar as áreas afetadas pelas fortes chuvas. Milhares de caixas de frutas tiveram de ser descartadas e os comerciantes ainda não conseguem estimar o prejuízo.

Permissionarios descartam frutas no Mercado Ceagesp, após as fortes chuvas de ontem que atingiram a Capital Paulista Foto: FELIPE RAU/ESTADAO

Permissionário do box, Carlos Previtali, de 55 anos, diz que não há previsão de desabastecimento nem aumento de preços. "No caso das frutas, as lojas estão abastecidas. Estou com estoque e os fornecedores vão mandar mais. Não tem esse negócio de subir o preço."

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Vendedor da TH, Ricardo Delvecchio, de 42 anos, disse que estava com outro funcionário quando começou a inundação dos estandes. "A gente chegou às 2h20 e a água subiu muito rápido. O nosso prejuízo não foi tão alto porque a gente conseguiu subir a mercadoria."

Em todos os corredores, funcionários desinfetavam o chão e as paredes, que ainda tinham manchas de lama. Do lado de fora, as mais diferentes frutas eram descartadas, formando montanhas de melão, melancia, abacaxi e laranja.

Permissionarios negam que preço das mercadorias terá aumento após enchentes: 'Não tem esse negócio de subir o preço' Foto: FELIPE RAU/ESTADAO

Situação de emergência em outros municípios de São Paulo

Segundo a Defesa Civil do Estado de São Paulo, as chuvas de segunda-feira causaram vários transtornos, principalmente, nas regiões do Vale do Ribeira, Região Metropolitana de São Paulo, Osasco, Baixada Santista e Alto Tietê. Até o momento, os municípios de Botucatu, Laranjal Paulista e Taboão da Serra decretaram situação de emergência.

Decretada no início da semana passada, os municípios de Andradina, Salto, Santa Cruz da Esperança mantém a situação de emergência. Em todo o Estado paulista, até o momento, foram contabilizados 142 desabrigados e 516 desalojados:

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