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Um dia após chuva, SP tem 33 árvores caídas e cratera

Nesta segunda-feira, 22, uma pessoa morreu em táxi atingido por árvore; muro do Cemitério da Consolação desabou. Nesta terça havia 8 pontos de alagamento

Por Felipe Resk
Atualização:

Atualizada às 22h39

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SÃO PAULO - Um dia após fortes chuvas castigarem a capital paulista, a cidade foi marcada por diversos transtornos. Foram ao menos oito pontos de alagamentos ao longo do dia. Nesta segunda-feira, 22,, uma pessoa morreu, parte do muro do Cemitério da Consolação desabou e 33 árvores caíram em decorrência do temporal.

Em Higienópolis, área nobre da região central, duas árvores desabaram a uma quadra de distância uma da outra em menos de 24 horas. Por volta das 21h50 de segunda, uma delas caiu em cima de um táxi na esquina das Ruas Itacolomi e Alagoas. O administrador de empresas Ricardo Galvão Mendes, de 33 anos, morreu no local.

Segundo o taxista José Gilberto Tobias, que sofreu apenas ferimentos leves, o passageiro havia entrado no veículo cerca de cinco minutos antes do acidente. “Ele viu a árvore caindo. Eu estava olhando para frente quando escutei: ‘Cuidado, cuidado, cuidado!’. Pensei que era um carro vindo na contramão.”

Na tarde desta terça-feira, 23, outra árvore desabou na Rua Itacolomi, perto da Rua Piauí - desta vez, sobre uma escola infantil. “A sorte é que o colégio está em férias, porque aconteceu em horário de movimento”, afirmou o tradutor Hector Moraes, morador da região. “Ando sempre por aqui e a sensação é de insegurança”, disse a decoradora Rose Matos.

Carro fica entalado em um buraco que se abriu no asfalto da Rua Dona Veridina, próximo ao Hospital Santa Casa Foto: Werther Santana/Estadão

Por causa das chuvas, 21 metros do muro do Cemitério da Consolação, na Rua Mato Grosso, desabaram na noite desta segunda. “É uma construção centenária, mas foi uma fatalidade. A água infiltrou e pressionou a base do muro”, explicou Lucia Salles, superintendente do Serviço Funerário.

Ninguém ficou ferido e nenhum túmulo foi danificado. Tapumes foram colocados na área em que o muro caiu e a Guarda Civil Metropolitana (GCM) foi acionada para fazer a segurança do local 24 horas por dia. Segundo a superintendente, a reconstrução do muro só deve ser iniciada em janeiro.

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Nesta terça, a cidade também registrou oito pontos de alagamento, segundo o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE), metade deles intransitável. Todos tiveram início entre a madrugada e a manhã, quando o temporal foi mais intenso.

Pela manhã, um carro ficou preso em uma cratera, formada após as chuvas, na Rua Dona Veridiana, em Santa Cecília, no centro.

Duas semanas antes, a área havia sido submetida a obras de instalação de rede de água da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). Duas faixas foram bloqueadas pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET).

Cantareira. Mesmo após o temporal que caiu sobre a região do manancial, o nível do Sistema Cantareira não subiu e o reservatório continua operando com 6,7% pelo quinto dia consecutivo, segundo a Sabesp.

A pluviometria acumulada passou para 87,6 milímetros, o que representa cerca de 40% da média histórica de dezembro, de 220,9 milímetros.

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