24 de novembro de 2010 | 00h00
Um pequeno "barraco" flutuante vem chamando a atenção de pedestres e motoristas que usam o sistema de travessia por balsas entre Ilhabela e São Sebastião, no litoral norte de São Paulo. Na embarcação, estacionada ao lado do terminal de passageiros em Ilhabela, pai e filha dividem o cubículo, feito de madeira, material de PVC e coberto por lona. O caixote tem menos de 2 metros de comprimento por alguns centímetros de largura.
O aposentado, que se identificou como Jurandir Andrade da Cruz, de 73 anos, disse que está em Ilhabela há dois anos para realizar uma pesquisa sobre algas marinhas, vindo de Teresópolis (RJ). No mar, mora há dois meses.
Sua aparência, que faz lembrar um mendigo, esconde um homem que demonstra farto conhecimento sobre literatura e fala com desenvoltura sobre assuntos pouco usuais no cotidiano de uma pessoa comum, como genoma, DNA e nanotecnologia, bem típicos de seriados americanos. Por outro lado, diz coisas desconexas ao "prever" o futuro. "Ilhabela vai desaparecer do mapa, pois o mar vai subir por causa do aquecimento global", diz.
A prefeitura de Ilhabela informou que deverá remover o barraco do local nesta semana - o governo deverá procurar o Ministério Público para saber como proceder no caso.
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