Ubatuba veta guarda-sol e cadeiras de bares

Solução para banhistas é alugar ou comprar os equipamentos, gastando entre R$ 8 e R$ 200, o preço de uma tenda

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Por Gerson Monteiro
Atualização:

Uma sombra nas praias de Ubatuba, no litoral norte paulista, pode custar entre R$ 8 e R$ 200. Por decisão da Justiça Federal, os quiosques estão proibidos de espalhar cadeiras e guarda-sóis na faixa da areia. A medida afetou o bolso tanto de quem visita Ubatuba quanto de quem vive do turismo. A proibição começou a valer no verão passado.O alto custo diminuiu o movimento em quiosques de praias menores, como a das Toninhas, onde o aluguel de uma cadeira não sai por menos de R$ 8 por dia e um guarda-sol, por R$ 20. "Cheguei a ter 26 funcionários na alta temporada, hoje trabalho com 12 pessoas", reclama uma comerciante, que não quis identificar-se e diz ter registrado queda de 50% no movimento. Para Manolo Silva Pinto, dono de quiosque há 19 anos na Praia Grande, uma das mais populares de Ubatuba, os turistas já estão habituados com a necessidade de levar a própria cadeira. "Dispomos de um espaço amplo nas laterais do quiosque e a rotatividade é grande. Estamos respeitando a decisão da Justiça", afirma o comerciante, que possui 30 mesas na área de seu quiosque.Na Praia Grande, o aluguel do conjunto com duas cadeiras e um guarda-sol sai por R$ 25. Apesar do custo, há quem esteja sorrindo com o início da alta temporada. Richard Moreira de Souza, de 40 anos, é formado em Educação Física e abandonou a carreira de salva-vidas para trabalhar na praia como ambulante. Ele diz que chega a lucrar R$ 500 por dia com o aluguel de cadeiras e guarda-sóis na temporada. Para comprar. Nas lojas da cidade é possível adquirir uma cadeira simples por R$ 35. Já uma mais sofisticada sai por R$ 120. Para escapar do sol, o turista vai gastar entre R$ 15 - por um guarda-sol básico - e R$200 - por uma tenda para abrigar a família.

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