
26 de março de 2011 | 00h00
A tal Hora do Planeta é como água com açúcar pra susto: mal não faz! Se o ser humano se sente melhor ficando no escuro por uma hora contra o aquecimento global, deixa ele, ué! Calcula-se que, atendendo à convocação da ambientalista WWF, 1 bilhão de pessoas apagarão as luzes hoje à noite (20h30 de Brasília), na maior mobilização que se tem notícia contra o fim do mundo.
Por mais que os apologistas do apocalipse - ô, raça! - considerem esse tipo de ação absolutamente ridícula, cá pra nós, nem é tanto quanto abraçar lagoa, se acorrentar a árvores, ficar pelado na neve, fantasiar-se de panda... Não custa nada apagar a luz e não entrar nessa discussão!
Problema maior, convenhamos, é essa mania globalizada de marcar data pra tudo. De uns tempos pra cá, a indignação tem calendário próprio, com dia - e às vezes até hora - pra cada basta que vem das ruas! Uma vez por ano, tem o Dia Sem Automóvel, o Dia da Água, o Dia Contra a Fome, o Dia da Mulher, o Dia Contra a Homofobia, chegou a Hora do Planeta, né?
Enfim, se o ser humano se sente melhor assim, reclamando por partes, vamos nessa! O último a sair apaga a luz.
Só rindo!
O CQC Rafinha Bastos é, segundo o New York Times, celebridade mais influente no Twitter que Lady Gaga, Justin Bieber, Britney Spears e Barack Obama. Isso quer dizer o seguinte: Luciano Huck - 10º no ranking - deve estar arrasado!
Engajamento global
Seja lá qual for a dupla escalada neste sábado para cobrir a folga de William Bonner e Fátima Bernardes no Jornal Nacional deve estar se preparando para apresentar o noticiário à luz de velas. O telejornal entra no ar justo na Hora do Planeta!
Yes, weekend!
Fãs brasileiros da Fórmula 1 têm encontro marcado com Galvão Bueno no GP da Austrália, às 3h da madrugada deste domingo. Tem coisa melhor?
Rotina insustentável
Tem índio em Manaus para o Fórum Mundial de Sustentabilidade que troca de calçada quando avista ao longe o cineasta James Avatar Cameron vindo em sentido contrário.
Outro JK
Kassab pode ter mudado em cartório a grafia de seu primeiro nome para Jilberto antes de registrar o domínio JK na internet. A família de Juscelino, no caso, não teria do que reclamar.
Ti-ti-ti tucano
A polícia não considera a possibilidade de atentado político no violento choque de um caminhão contra o carro estacionado de Aécio Neves, quinta à noite numa rua de São Paulo. Pelo sim, pelo não, José Serra só vai andar de táxi na próxima vez que for a Belo Horizonte.
Basta!
Quando, afinal, os jornais vão parar de publicar que o Felipão ganha R$ 700 mil por mês no Palmeiras, caramba?
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