
24 de novembro de 2010 | 00h00
RIO - Os ataques no Rio preocupam o setor de turismo, a pouco mais de um mês do réveillon, uma das festas que trazem mais visitantes à cidade. Mas, para o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (Abih), Alfredo Lopes, se a ação do governo for rápida e enérgica, o turismo não vai sofrer prejuízos.
"O turista do mercado nacional está começando a pensar e a decidir seu destino de réveillon e carnaval. Se a violência continuar assim, poderemos ter prejuízo na procura por reservas para essas épocas. Tudo vai depender do que o governo anunciar como medida de combate ao crime. O que os bandidos estão fazendo é terrorismo, serve para tentar desmoralizar o governo, que ocupou áreas degradadas que estavam abandonadas há décadas. Uma manifestação do crime era esperada", disse Lopes. Segundo ele, a ocupação para hotéis no réveillon já é de 83%.
Sem declínio. O presidente da Associação Brasileira de Agências de Viagens do Rio (Abav-RJ), Luiz Strauss de Campos, diz que a entidade acompanha com preocupação os ataques. Mas lembrou que esta não é a primeira vez que a cidade sofre com o crime, "nem será a última". "Ainda não sentimos declínio de procura de reservas nas agências de viagem, nem houve paralisação de vendas. Isso não acontece de imediato. Mas, se continuar assim, o turista não virá ao Rio."
Campos disse que as notícias de segurança podem começar a correr o mundo. "Nós trabalhamos anos para melhorar a imagem do País e temos certeza de que isso prejudica sim, mas acreditamos que a violência vai ser superada com mais velocidade. O Rio está vivendo um momento diferente e percebemos que as autoridades não vão recuar. Os criminosos estão incomodados com as medidas tomadas."
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