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Trio é detido após sequestrar dois vigilantes na zona sul de SP

Um quarto sequestrador que participou do crime está foragido; criminosos exigiram R$ 25 mil como resgate

Por Daniela do Canto
Atualização:

Três homens foram presos no início da madrugada desta quinta-feira, 25, acusados de sequestrar dois vigilantes no Itaim Bibi, zona sul de São Paulo. Marcos César de Aguirre Joma, 48 anos, Rogério Cavaleiro, 36, e Cláudio José de Nicolai, 37, foram capturados por policiais militares da Força Tática do 16º Batalhão na Rodovia Raposo Tavares, região do Butantã, zona oeste, local onde os criminosos marcaram o pagamento do resgate com o chefe das vítimas. Elas não sofreram ferimentos. Um quarto sequestrador que participou do crime não havia sido preso até o final da madrugada.

 

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Para render as vítimas, os criminosos se identificavam como policiais. Segundo os reféns, um deles chegou a mostrar um distintivo e afirmou ser delegado. Os vigilantes Alexandre Andrade, 37 anos, e Samir Madeira Bocker, 20, tomavam café em um posto de gasolina na Rua Professor Atílio Inocente, no Itaim, quando foram abordados, por volta das 19h da quarta-feira, 24. Encapuzados, eles foram jogados em uma Chevrolet Blazer.

 

"Eu até questionei o motivo de tudo isso e eles falaram que queriam conversar com a gente. Mas daí já deu para perceber que era um sequestro", disse Andrade. O chefe dos vigilantes tinha combinado de encontrá-los no posto e, quando chegou, viu a abordagem de longe.

 

Cerca de meia hora depois do sequestro, os criminosos recolheram os celulares das vítimas e entraram em contato com o chefe delas, exigindo o pagamento de R$ 25 mil como resgate. A testemunha avisou a Polícia Militar e passou a negociar com os bandidos, orientada pelos PMs da Força Tática. O local marcado para o pagamento foi o km 13 da Rodovia Raposo Tavares.

 

Prisão

 

Às 0h30, os policiais prenderam os acusados na Avenida Laudo de Ferreira Camargo, que corta a Rodovia Raposo Tavares próximo ao km 13, e libertaram Bocker, que estava em poder deles. Andrade foi encontrado em seguida, encapuzado, em uma praça próxima ao local da prisão. "Eles tinham me deixado lá um pouco antes e mandado eu não me mexer e não tirar o capuz da cabeça. Fiquei com medo de ter alguém me observando então fiquei quieto", explicou Andrade.

 

Com os acusados, além da Blazer, foram apreendidos um pistola calibre 380 e dois carregadores. O trio foi levado para a sede do Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado (Deic), onde o caso foi registrado.

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