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Tribunal condena mulher que levou bebê da Santa Casa em SP

Neuza da Silva levou a recém-nascida do hospital e a registrou como sua filha, dias depois, no interior do Estado

Por Solange Spigliatti
Atualização:

O Tribunal de Justiça de São Paulo condenou a cinco anos de prisão a cozinheira Neuza Aparecida da Silva, acusada de levar um bebê da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, em julho de 2003.

 

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O recurso de apelação contra a cozinheira foi julgado pela 3ª Câmara Criminal do TJ na última terça-feira, 2. Ela havia sido condenada em primeira instância por subtração de incapaz e por registrar como seu o filho de outra pessoa.

 

Em 8 de julho de 2003, Neuza da Silva, fazendo-se passar por enfermeira, tirou da verdadeira mãe a recém-nascida Carla do Nascimento Gama, na Santa Casa, e a registrou como sua filha, dias depois, na cidade de Jaú, no interior do Estado.

 

Por votação unânime, os desembargadores Geraldo Wohlers (relator), Toloza Neto e Luiz Antonio Cardoso julgaram extinta a punibilidade de Neuza quanto ao fato de ter registrado como seu o filho de outra pessoa, e a condenaram a cinco anos de reclusão, em regime fechado, por subtrair criança ou adolescente ao poder de quem o tem sob sua guarda em virtude de lei ou ordem judicial, com o fim de colocação em lar substituto.

 

Anderson Alves da Silva, que vendeu para Neuza uma cópia em branco de uma Declaração de Nascido Vivo, possibilitando o registro de Carla Gama como filha dela, teve o provimento de sua apelação negado. Ele havia sido condenado a dois anos e quatro meses de prisão, em regime fechado, pela 15ª Vara Criminal Central de São Paulo.

 

Já a assistente social Bernardete Pires Pacheco, condenada à pena de dois anos de detenção, em regime semiaberto, convertida em prestação pecuniária e de serviços à comunidade, por suposta facilitação à subtração da menina Carla, foi absolvida pela 3ª Câmara Criminal, diante da "dúvida substancial quanto à coautoria" por parte dela.

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