
07 de junho de 2011 | 00h00
Segundo a polícia, o grupo cobrava dos devedores parte do valor total da dívida - em média 30% -, acessava o sistema de registro e informava que o débito havia sido quitado. "Mas o dinheiro não entrava nos cofres públicos", contou o delegado Raul Godoy Neto, da Delegacia Seccional de Taboão.
Ainda não se sabe o prejuízo total para o governo. Nem o número de devedores que negociou com o bando. Algumas pessoas eram vítimas do esquema - recebiam informação de que o débito havia sido recalculado e, por isso, baixara.
Entre os presos de ontem estão os secretários Luiz Antonio de Lima, da Administração, Maruzan Corado Oliveira, do Planejamento, Antonio Roberto Valadão, de Finanças, e o vereador Natalino José Soares (PP). Os vereadores Carlos Aparecido de Andrade (PV), Arnaldo Clementes dos Santos (PSB) e José Luis Eloi (PMDB) já haviam sido presos. As salas dos secretários na prefeitura foram vasculhadas e documentos e computadores, recolhidos. Também foram encontradas durante a operação duas armas e munições.
A prefeitura de Taboão informou que a investigação começou com denúncias da própria administração.
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.