
21 de abril de 2012 | 03h02
Ontem, segundo o governo, a caixa do sistema de sinalização, que controla o tráfego dos trens perto da Estação Itaquaquecetuba, da Linha 12-Safira,foi estourada antes do começo da operação e teve fios arrancados. Mas nada teria sido levado. Já na Linha 11-Coral, a CPTM diz que uma calça jeans azul foi enroscada no pantógrafo, peça que liga o trem à rede aérea, perto da Estação Guaianases.
"Isso é indício claro de sabotagem, mas não pensem que estamos fugindo da responsabilidade. Tem coisas que são defeitos nossos e estamos corrigindo", disse Fernandes, acrescentando que a suspeita começou em dezembro, após descarrilamento de um trem perto da Estação Osasco, na Linha 8-Diamante. Segundo ele, o acidente foi provocado por uma pedra do tamanho exato para tirar a composição do trilho. "Não era nem muito grande nem muito pequena."
A polícia, porém, diz que ainda não há evidência de sabotagem na sequência de falhas na CPTM. "Chega nesta época (de eleição) e começam a surgir casos em que há suspeita. Mas não há nenhum indício mais veemente", disse o delegado Valter de Oliveira Rosa, da Delegacia de Polícia do Metrô (Delpom). Em 2010, o governo também levantou suspeita de sabotagem para uma pane que parou por mais de duas horas 18 estações da Linha 3-Vermelha do Metrô e chegou a dizer que uma blusa havia impedido o fechamento das portas. A perícia policial, no entanto, descartou vestígio de crime.
Fernandes não soube dizer que grupos teriam interesse em prejudicar a CPTM, que transporta diariamente 2,7 milhões de pessoas. "Tudo o que eu disser agora é especulação e pode prejudicar as investigações."
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