
02 de abril de 2012 | 03h03
A população paulistana cresce 8% em uma década. Já a motorização avança 19%. A capacidade viária não suporta o modelo solitário.
Ao buscar o metrô, o paulistano não encontra linha e estação próximas. Sua extensão aumenta 50% em 10 anos. Atinge 74 km. Insuficiente. Precisaria de 200 km para provocar o desejo de deixar o carro em casa.
Dessa forma, o transporte público resume-se ao ônibus. Em dez anos, a demanda cresce 150%, mesmo diante da pouca confiabilidade do sistema. Ônibus com velocidade de percurso idêntica ou superior à dos automóveis rende adesão, compensa a falta de malha do metrô. Para tanto, corredores exclusivos maximizam a velocidade e o aproveitamento de recursos financeiros. Custam menos do que metrôs.
Em São Paulo, a estagnação desses sistemas exige releitura. O tráfego crescente permite observar ônibus com velocidade de 4 km/h, a ilustrar o esgotamento do modelo motorizado. Coletivos tão rápidos quanto o caminhar a pé.
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.