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Empresas não podem ter fortuna sem super-segurança, diz Alckmin

Após o terceiro ataque semelhante neste ano, governador de SP afirmou que é preciso 'rigor' na fiscalização das transportadoras

Por Felipe Resk
Atualização:

SÃO PAULO - Após São Paulo registrar o terceiro grande ataque a transportadoras de valores neste ano, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou nesta quarta-feira, 6, que é preciso "rigor grande" no credenciamento e fiscalização dessas empresas. "Transportadoras de segurança não podem ter fortunas de dinheiro em local que não tenha uma super-segurança, você acaba expondo a risco a comunidade, vizinhos e quem passa", disse.

Na madrugada do dia anterior, mais de 20 homens fortemente armados atacaram a Prosegur de Ribeirão Preto, no interior. A quadrilha trocou tiros com a polícia e matou um policial rodoviário na fuga. Foi o terceiro caso com uso de explosivos, armas de guerra e tiroteio intenso em 2016. Em abril, uma quadrilha atacou uma empresa de valores em Santos, no litoral. Outra transportadora foi vítima de bandidos em Campinas, no interior, em março.

Violência em Ribeirão. Prosegur ficou destruídaapós explosões Foto: Fernando Calzzani/Photopress

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A polícia localizou em uma chácara na periferia de Ribeirão armas, equipamentos e um veículo utilizado no maior roubo realizado no município. Ninguém foi preso, e o valor do roubo, estimado em mais de R$ 60 milhões, não foi divulgado. "A polícia está empenhada para prender esses criminosos", afirmou o governador.

Alckmin também lamentou a morte do cabo da Polícia Militar Rodoviária Tarcísio Wilker Gomes, de 43 anos, baleado na cabeça, e do morador de rua Ubiratan Soares Berto, de 38 anos, que estava embaixo de um dos carros incendiados pelo grupo e teve 60% do corpo queimado. "O policial rodoviário morreu no cumprimento do seu dever. Todo apoio à família. Nossa solidariedade e nossos sentimentos", disse.

O governador disse que conversou com o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, que era secretário da Segurança Pública de São Paulo há dois meses, sobre empenho na fiscalização das transportadoras de valores, que precisam cumprir requisitos de segurança.

"Cabe à Polícia Federal permitir ou não que as empresas operem - e fiscalizar e exigir o cumprimento", afirmou. "O que nós queremos é um rigor grande no credenciamento, na autorização e na fiscalização não só nos locais mas também no trajeto. Às vezes, você transporta um volume grande na rodovia e é necessário ter um comboio."