A família de Lindembergue Alves, de 22 anos, está com sua vida ameaçada por traficantes que atuam no Jardim Santo André. Os bandidos deixaram de lucrar cerca de R$ 20 mil por dia, desde a segunda-feira, quando foi iniciado o cárcere privado de sua ex-namorada. Os parentes do rapaz estão sujeitos a represálias dos bandidos e podem deixar o prédio em que moram. Até mesmo na cadeia Alves correrá perigo. Os criminosos disseram que podem encomendar o assassinato do rapaz mesmo quando ele estiver encarcerado. Veja também: Eloá levou dois tiros e corre risco de morte Polícia invade, reféns são levadas e seqüestrador é preso 'O que deu errado foi o tiro que ele deu na menina', diz coronel Armas de policiais e seqüestrador são apreendidas para perícia Confira cronologia do seqüestro Seqüestro em Santo André é o mais longo registrado em SP Pai de Nayara diz que foi ‘expulso’ pela PM de escola Galeria de fotos do seqüestro Ontem, após a saída da polícia, os traficantes expulsaram as equipes de reportagem e cortaram fios de transmissão de algumas emissoras de TV. Os prédios do CDHU ficam numa região isolada, com pouco policiamento ostensivo, o que favorece a atuação de traficantes. A polícia tem dificuldades de chegar aos prédios, que têm "bastante capilaridade", segundo os investigadores. Nesses dias, com a polícia no local, a venda de drogas ficou suspensa. Lindembergue Alves, que manteve duas adolescentes reféns em um apartamento em Santo André, região do ABC paulista, prestou depoimento na noite de sexta-feira no 6º Departamento Policial da cidade. Em seguida, ele foi levado para a sede do Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos (Garra), na Vila Palmares, em Santo André, que abriga 15 presos. Lindembergue está numa cela isolada.