12 de junho de 2012 | 03h04
Resíduos de sangue e pele encontrados pela perícia revelam que ele machucou os pulsos para retirar as algemas. E pode ter quebrado os pulsos. Depois, saiu calmamente pela portaria, que está com as catracas danificadas. O plantonista havia se ausentado. Também não foi incomodado pelos guardas da guarita, que são terceirizados.
A hora provável da fuga foi entre 16h e 17h, durante o jogo Brasil e Argentina. A PF não confirmou o horário, nem se o motivo da distração foi o jogo. A única pista do traficante é a carteira de identidade que a PF apreendeu no aeroporto, mas pode ser falsa. Pelo documento, trata-se do acreano José Martins da Silva. Ele ia de Porto Velho (RO) a Macapá (AP), com conexão em Brasília, onde foi preso.
A direção nacional da PF exigiu providências rigorosas da superintendência, comandada pela delegada Silvana Vieira Borges, que determinou ontem abertura de processo administrativo e criminal para apurar se houve negligência ou facilitação criminosa na fuga. Acusados estão sujeitos a penas que vão de suspensão a demissão, além de processo na Justiça.
A foto do traficante será distribuída a partir de hoje em todas as delegacias, aeroportos, portos e postos de saída na fronteira do País. No cartaz, lê-se que ele é moreno, tem 52 anos e, quando fugiu, usava calça cor caqui e camiseta de manga curta azul.
Ontem mesmo a Justiça decretou a prisão preventiva do foragido. O voo em que ele seguiu até Brasília era procedente do Acre. O destino mais provável era o exterior, mas a PF não divulgou o país.
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