Traficante colombiano é preso pela Polícia Federal em SP

Juan Carlos Ramirez Abadia também é procurado pela Agência Americana Antidrogas

PUBLICIDADE

Por Solange Spigliatti
Atualização:

Um dos maiores traficantes de drogas da Colômbia foi preso na manhã desta terça-feira, 7, durante a Operação Farrapos da Polícia Federal. Juan Carlos Ramirez-Abadia, de 44 anos, foi preso às 6h30, em Aldeia da Serra, na Grande São Paulo. Pelo menos 13 pessoas já foram detidas na operação. Veja também: Operação contra tráfico de drogas prende 13 em 6 Estados Ramirez-Abadia também era procurado pela Agência Americana Antidrogas (DEA), que oferecia até US$ 5 milhões em troca de informações sobre o seu paradeiro. A operação, segundo a Polícia Federal, tem como objetivo desarticular uma quadrilha internacional de drogas. Os agentes da PF cumprem 16 mandados de prisão e 28 de busca e apreensão nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Nos anos 80, antes de começar a trabalhar no tráfico de droga, ele era um jovem de classe média alta, universitário e adorava cavalos. Em pouco tempo, se tornaria em um possível sucessor dos barões do Cartel de Cali, junto com o amigo Juan Carlos Ortiz. Em 1996, os dois se entregam à Justiça colombiana. O Departamento de Justiça dos EUA pediu sua extradição nessa época, pelo presumível envolvimento com o Cartel do Vale do Norte. O país não foi atendido e Chupeta cumpriu quatro dos 24 anos a que foi condenado - o traficante foi beneficiado pela confissão dos crimes. Suspeita-se que o traficante mantinha controle sobre os negócios mesmo dentro da prisão. A poucos dias de ser solto, seu amigo Ortiz foi assassinado. A autoria do crime foi atribuída ao novo sócio de Chupeta, Wílber Varela. Juan Carlos Ramirez-Abadia é um dos nove membros do Cartel do Vale do Norte processados pelos EUA. Ele é acusado de enviar anualmente centenas de toneladas de cocaína a Los Angeles e San Antonio, por rotas marítimas e aéreas que partiam da costa do México. O traficante também é responsável pela criação sua própria rede distribuidora de drogas em Nova York e se dedicava ao transporte e comércio de heroína. Até a sua prisão, suspeitava-se que o traficante se escondia no Chile, Uruguai e Argentina.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.