24 de janeiro de 2012 | 21h30
Pois é: em 1991, 28 mil pessoas entravam por dia na Estação Consolação - e podiam admirar painéis de Tomie. Hoje são 116 mil. "São Paulo cresceu muito, não é?", constata, emocionada.
Com o passar dos anos, o número de obras de arte à mostra em estações paulistanas também aumentou. Até 1991, eram 58. Naquele ano, com a inauguração do primeiro trecho da Linha Verde, foram instaladas 11 novas, incluindo os painéis de Tomie. Hoje, são 92, muitas de renomados representantes da arte contemporânea brasileira - além de Tomie, há criações de Claudio Tozzi, Wesley Duke Lee e Aldemir Martins, entre outros.
Com seu jeito simples, Tomie não acha que seu dia a dia tenha mudado nesses 20 anos. "Minha vida continua a mesma: pinto todos os dias, faço minhas esculturas e obras públicas, encontro pessoas amigas...", conta, esbanjando vitalidade aos 98 anos - a maior parte deles vividos no Brasil, para onde migrou do Japão, aos 21 anos. Nesse período, foi imortalizada não só pelas obras. Passou também a dar nome a um instituto cultural inaugurado em 2001 em Pinheiros. "São Paulo é o meu lugar", resume.
E é nessa rotina de criação que ela revela estar preparando, já há alguns anos, um presente para a cidade. Quando a artista Yoko Ono, viúva de John Lennon, esteve em 2007 na capital para uma exposição, foi à casa de Tomie. As duas não só ficaram amigas como resolveram fazer uma obra a quatro mãos para algum espaço público paulistano. "Será uma instalação", conta a artista, sem maiores detalhes.
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.