27 de novembro de 2012 | 02h05
A história do Clube de Regatas Tietê começou em 1907, quando foi fundado por Victor Leite Mamede e Júlio Ribeiro. Desligados do Clube de Regatas São Paulo, tiveram o apoio do grupo de remadores desse clube para fundar a nova instituição.
A primeira menção ao clube no Estado foi em 8 de junho de 1907. O jornal relatava que, no dia 6, havia ocorrido a assembleia de fundação, "com enorme concorrencia de socios".
"Por proposta do socio sr. O. (Oscar) Cox foi definitivamente escolhido o nome de Club Regatas Tietê. Foram escolhidas as cores preta e vermelha por proposta do sr. Adolfo Welisch."
Logo na primeira notícia, ficava clara a necessidade de apoio da administração municipal. "Sabemos que a prefeitura desta cidade, de accordo com o que tem feito a outras sociedades, concederá ao Club de Regatas Tietê o terreno pedido para a sua garage."
Os jovens começaram a frequentar o clube, que virou mania paulistana. A baleeira Aracy, de propriedade de Mamede, foi o primeiro barco do Tietê.
Logo no ano de fundação, a agremiação foi destaque nos meios esportivos municipal e nacional. Duas de suas equipes ganharam medalhas de ouro e prata em uma prova em Santos. "Este novo club de regatas recebeu hontem a canoa a 4 remos que mandou fazer para disputar dois pareos nas regatas que realisa amanhan o Club de Regatas Saldanha da Gama", noticiou o Estado na edição de 7 de julho de 1907.
O maior nome de sua história, no entanto, é o da tenista Maria Esther Bueno, tricampeã mundial em Wimbledon. A conquista foi destaque do jornal do dia 3 de julho de 1960. Outro destaque foi o nadador Abílio Couto, que bateu recorde mundial de travessia do Canal da Mancha em 1959.
A tradição de ponta no esporte durou até os anos 1960, quando o Rio Tietê já deixara de ser navegável.
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