
24 de abril de 2011 | 00h00
ESPECIAL PARA O ESTADO
PORTO ALEGRE
As chuvas que caem desde sexta-feira à tarde no Rio Grande do Sul deixaram pelo menos 12 mortos, 10 só no Vale dos Sinos, e 24 feridos. Em Igrejinha, sete pessoas morreram em decorrência do deslizamento de terra que atingiu cinco casas na Rua Teutônia.
Morreram Joshuan de Lima, de 11 anos; a auxiliar de serviços gerais Marli Terezinha Jardim, de 42 anos; o industriário Fernando Leite de Lima, de 43; sua mulher, Iraci Pereira, de 41; e os filhos do casal, Rafael Pereira de Lima, de 9 anos, Jozelena Pereira de Lima, de 19 anos, e Leandro Pereira de Lima, de 22 anos.
Os desabamentos no bairro Saibreira ainda deixaram 2 moradores feridos. Todos foram levados para hospitais da região.
Em Novo Hamburgo, três crianças foram soterradas na Vila Kephas, no bairro São José. Os corpos de Tauane dos Santos Alves, de 13 anos; Evandro dos Santos Alves, de 11; e Gustavo dos Santos Alves, de 9, foram encontrados nos destroços da casa onde moravam.
Na Região Metropolitana de Porto Alegre, um homem morreu ao tentar salvar uma segunda pessoa, na noite de sexta-feira. Edson Miguel Trindade Farias, de 58 anos, foi eletrocutado, no fim da tarde, tentando desvencilhar um homem de 55 anos preso a um fio caído na Rua Teodomiro Porto da Fonseca.
Também na sexta-feira, no Vale do Taquari, no interior do município de Fazenda Vila Nova (a 93 quilômetros de Porto Alegre), o agricultor Ademar Hagemann, de 67 anos, morreu após a queda de um galpão.
Prejuízos. A chuva ainda derrubou postes e árvores sobre carros e alagou vias. Em todo o Estado, d e acordo com as concessionárias de energia, chegavam a 64 mil os consumidores sem energia elétrica.
O maior volume de ocorrências foi em São Leopoldo (11 mil). Além disso, Sapucaia, Canoas, Esteio, Dois Irmãos e Estrela seguiam sem luz.
Tempo. O forte temporal foi causado por uma frente fria vinda da Argentina, que deve deixar o tempo frio na Região Sul neste domingo.
Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), os municípios do Vale do Rio Pardo registraram, em 12 horas, precipitações equivalentes a 80% do previsto para o mês. / COLABOROU PRISCILA TRINDADE
CRONOLOGIA
Uma história de desastres
Janeiro de 2011
Região Serrana do Rio
A tragédia deixou 905 mortos e 346 desaparecidos. Municípios localizados em área de 2,3 mil km² sofreram os efeitos de deslizamentos.
Junho de 2010
Nordeste
As chuvas fortes destruíram pontes, prédios públicos, igrejas e ruas inteiras de 21 cidades de Pernambuco e Alagoas. Pelo menos 41 pessoas morreram.
Abril de 2010
Niterói
As chuvas que atingiram o Rio provocaram 316 mortes - só em Niterói foram 168, quase metade em consequência dos soterramentos no Morro do Bumba. O local onde ocorreu o deslizamento abrigou por anos um lixão.
Janeiro de 2010
Angra dos Reis
A chuva provocou a morte de 52 pessoas. Parte da pousada Sankay, na Praia do Bananal, além de sete casas vizinhas, foram soterradas. No Morro da Carioca, pelo menos 20 casas foram atingidas.
Novembro de 2008
Santa Catarina
A catástrofe deixou 137 mortos em 60 cidades e afetou 1,5 milhão de pessoas. Cerca de 25 comunidades simplesmente sumiram do mapa.
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