Qual a avaliação que o senhor faz do segundo dia de greve? Tecnicamente, não há greve. A adesão foi muito pequena, a polícia está nas ruas, a madrugada seguiu absolutamente dentro da normalidade, com as ocorrências esperadas.
Qual foi o momento de maior tensão até agora?
Em Volta Redonda, 129 policiais ameaçaram paralisar as atividades. Mas substituímos rapidamente esses policiais com nossas forças reservas. Enviamos 140 policiais para o município. As primeiras equipes seguiram em dois helicópteros próprios e mais cinco de outras forças que estão disponíveis para usarmos em caso de necessidade. Também tínhamos à disposição um avião Hércules, mas não foi necessário usá-lo.
Há uma crítica entre os policiais às medidas mais duras, como a prisão de líderes em Bangu 1 e o processo sumário. Isso era necessário?
O governo sempre esteve aberto ao diálogo, mas alertou que atos irresponsáveis sofreriam revezes legais. Tentaram colocar a população refém do medo, provocar uma situação de risco social... O mais triste é que agiram por interesses políticos. /C.T.