PUBLICIDADE

Técnica espalha cartazes para achar calopsita perdida

Moradora de Perdizes está desde o dia 15 procurando sua ave de estimação de 18 anos até nas árvores do bairro

Por Tiago Dantas
Atualização:

A busca por uma calopsita de 18 anos fez a técnica de enfermagem Elizabeth Lino de Andrade, de 52, espalhar fotos da ave por ruas e casas comerciais de Perdizes, na zona oeste.Segundo ela, já foram "centenas" de cartazes desde o dia 15, quando a ave sumiu. Um foi colado em poste na esquina das Ruas Cardoso de Almeida e Doutor Cândido Espinheira. Outro está em banca de jornal na Turiaçu.Nos últimos dias, a dona da ave recebeu três telefonemas de pessoas que acharam calopsitas na região. "Eram parecidas, mas nenhuma era o Joca. Só de chamar, já sei como vai piar. São 18 anos de convivência. É até meio forte dizer isso, mas é como se fosse da família. Eu o ensinei até a assobiar 'atirei o pau no gato' e 'parabéns pra você'."Uma quarta ligação foi feita ontem à tarde. Quando chegou ao endereço combinado, a técnica percebeu que tinha caído em um trote. "Por que alguém faz uma coisa dessas?", pergunta ela, que também cuida de oito gatos e uma cachorra.Além dos cartazes, Elizabeth tem procurado Joca nas árvores do bairro e no Parque da Água Branca. "Vou lá todo dia. Chamo, pergunto se alguém o achou. Mas está muito difícil." A mulher lembra que 15 anos atrás, durante viagem a Vinhedo, no interior, a ave fugiu, mas foi encontrada no mesmo dia em uma árvore. "Naquele dia chorei das 9h às 15h, quando o Joca apareceu."No sábado em que sumiu, Joca estava na tela da janela. Segundo Elizabeth, voou para fora após se assustar com um movimento dela. "Estava chovendo e eu saí correndo atrás dele."Sobre a possibilidade de ser multada pela Lei Cidade Limpa, a dona admite o transtorno."Sei que estou sujando as ruas com cartazes, mas me comprometo a tirar tudo quando achar o Joca."

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.