11 de agosto de 2010 | 00h00
Por volta das 22h30, o tecelão, a mulher dele e os cinco filhos, com idade entre 10 e 16 anos, seguiam numa Brasília pela estrada de terra Quarta Divisão. O destino era Mauá, onde participariam de uma festa. Na altura do 1.250 da via, o carro encostou no Uno do mecânico, que trafegava no sentido contrário.
"Os veículos resvalaram um no outro porque a passagem é estreita", afirmou o delegado Fátimo Aparecido Rodrigues, responsável pela investigação. "O autor não esperou que a vítima saísse primeiro do local e passou junto." Após o choque, o Uno fez o retorno e passou a perseguir a família. O mecânico sacou uma pistola 380 e atirou contra o veículo.
Uma das balas feriu Airton Fernandes Júnior, de 14 anos, nas costas. O filho do casal viajava deitado sobre o tampão do motor da Brasília. Santos decidiu, então, parar o veículo, já num ponto onde a estrada tem mais iluminação. "Ele saiu com as mãos erguidas e implorando para que o homem não atirasse", disse o policial.
O mecânico atirou, atingindo Santos no coração e no pulmão. Ele morreu na hora. O assassino, que estava acompanhado por uma mulher, fugiu.
Foto. A polícia só o identificou por meio de reconhecimento fotográfico. O nome do acusado, que teve a prisão solicitada ontem à Justiça, foi mantido em sigilo. Ele tem passagem na polícia por envolvimento num acidente de trânsito em 1986.
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