27 de março de 2012 | 07h40
Segundo Camilo, as mortes provocadas pelo uso do armamento não são motivo para "aposentá-lo". "Pode acontecer algum problema? Pode, mas é melhor usar uma Taser do que uma arma letal. O método Taser em São Paulo já tem um padrão operacional bem definido."
O presidente do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (Condepe), Ivan Seixas, não acredita na declaração de que a arma é não letal. "Tanto é letal que matou o menino na Austrália." Para ele, o uso só poderia ser liberado caso existisse uma regulamentação. "Do mesmo modo que o policial tem de justificar o disparo de arma de fogo, ele deveria apresentar um relatório sobre a utilização do eletrochoque", explicou Seixas, que considera arbitrário o critério policial.
Já o presidente da Associação dos Advogados Criminalistas do Estado (Acrimesp), Ademar Gomes, informou que encaminhou à Câmara dos Deputados uma solicitação para que se regularize a comercialização desse tipo de arma no País. "Não há nenhuma lei que fale especificamente sobre isso. É necessário que se diga quem pode usar." O Estado mostrou na sexta-feira que é possível comprar Taser pela internet por até R$ 500. / WILLIAM CARDOSO e CAMILA BRUNELLI
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.