Taser continuará a ser usada pela polícia paulista

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Por Redação
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O comandante da Polícia Militar de São Paulo, coronel Álvaro Batista Camilo, afirmou ontem que as armas de eletrochoque vão continuar a ser usadas pela corporação em todo o Estado. Ele destacou o fato de ser uma arma não letal para justificar seu uso. "A Taser é uma excelente arma, e é bastante usada aqui. Os PMs de São Paulo estão treinados e vão continuar a usá-la normalmente", afirmou o comandante da corporação.Segundo Camilo, as mortes provocadas pelo uso do armamento não são motivo para "aposentá-lo". "Pode acontecer algum problema? Pode, mas é melhor usar uma Taser do que uma arma letal. O método Taser em São Paulo já tem um padrão operacional bem definido."O presidente do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (Condepe), Ivan Seixas, não acredita na declaração de que a arma é não letal. "Tanto é letal que matou o menino na Austrália." Para ele, o uso só poderia ser liberado caso existisse uma regulamentação. "Do mesmo modo que o policial tem de justificar o disparo de arma de fogo, ele deveria apresentar um relatório sobre a utilização do eletrochoque", explicou Seixas, que considera arbitrário o critério policial. Já o presidente da Associação dos Advogados Criminalistas do Estado (Acrimesp), Ademar Gomes, informou que encaminhou à Câmara dos Deputados uma solicitação para que se regularize a comercialização desse tipo de arma no País. "Não há nenhuma lei que fale especificamente sobre isso. É necessário que se diga quem pode usar." O Estado mostrou na sexta-feira que é possível comprar Taser pela internet por até R$ 500. / WILLIAM CARDOSO e CAMILA BRUNELLI

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