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Tarifa do ônibus custará menos do que R$ 3,40, promete Haddad

O reajuste da passagem, que hoje custa R$ 3, ocorrerá no dia 1 de junho, mas valor exato ainda não foi definido

Por Caio do Valle
Atualização:

SÃO PAULO - O prefeito Fernando Haddad (PT) afirmou nesta terça-feira, 21, que o novo valor da tarifa de ônibus de São Paulo ficará abaixo de R$ 3,40. O reajuste da passagem, que hoje custa R$ 3, ocorrerá no dia 1.º de junho, sábado da semana que vem.

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Haddad disse que ainda não sabe qual será o preço exato, mas destacou que pediu à Secretaria Municipal dos Transportes que altere o valor abaixo da inflação acumulada desde o último aumento, em 5 de janeiro de 2011. Se o preço do bilhete fosse calculado com base nessa inflação, acumulada em 14,8% até abril, passaria a valer R$ 3,44.

"Determinei que nós fizéssemos um esforço adicional para dar o menor reajuste possível para o ano, ainda que nós tenhamos dois anos e meio de inflação acumulada", declarou o prefeito durante a vistoria nas obras de um teatro na Penha, na zona leste, acrescentando que quanto menor o aumento, maior será o subsídio pago pela Prefeitura às empresas de ônibus.

Segundo Haddad, na quarta-feira ele se reunirá com técnicos da Secretaria Municipal dos Transportes para analisar os "cenários" relativos tanto ao preço da tarifa quanto ao do subsídio e, assim, tomar uma decisão sobre o reajuste e encaminhar o valor para a apreciação da Câmara Municipal. Por lei, o Executivo tem o prazo limite de cinco dias úteis antes da entrada em vigor do novo preço para enviar a proposta aos vereadores.

"Vai ser menos de R$ 3,40. Nós vamos fazer um esforço para ser o menor reajuste possível", disse Haddad.

Além dos ônibus, a tarifa do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) também ocorrerá no dia 1.º de junho, segundo o governador Geraldo Alckmin (PSDB) anunciou na última semana.

Tradicionalmente, o aumento do preço do tíquete de ônibus, metrô e trens acontece no início do ano. Contudo, em 2013, o governo federal solicitou ao município e ao Estado para adiar o reajuste, a fim de segurar a alta da inflação.

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Subsídios. Nos últimos anos, ainda durante a gestão de Gilberto Kassab (PSD), a cidade de São Paulo pagou valores cada vez maiores de subsídio às concessionárias e permissionárias do serviço de ônibus para que o preço da tarifa não subisse.

De acordo com a São Paulo Transporte (SPTrans), que gerencia a rede, em 2012 foram desembolsados pelo governo municipal R$ 953 milhões em subsídios, quase o dobro dos R$ 520 milhões do ano anterior.