Suspensão será argumento em ação judicial

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Por Angela Lacerda e Recife
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A suspensão, desde dezembro, das atividades do barco Sinuelo, que monitora a presença de tubarões em Pernambuco, deverá ser um dos principais argumentos do processo da família de Bruna da Silva Gobbi contra o governo do Estado. Bruna, de 18 anos, morreu após ser atacada na praia de Boa Viagem, no Recife, na segunda-feira. O barco deve voltar a operar no final de semana. "A ausência deste barco, que os pesquisadores dizem ser importante para manter os tubarões longe da costa, será mais um fator que vamos apresentar", disse o tio de Bruna, o comerciante Davi Leonardo Alves, de Olinda. A família deverá procurar um advogado até a próxima semana. O Ministério Público de Pernambuco, que quer que a praia seja interditada ao banho. O promotor da Defesa da Cidadania da capital, Ricardo Coelho, solicitou ao Comitê de Monitoramento de Incidentes com Tubarões (Cemit) que indique os trechos de praia e os períodos mais perigosos para recomendar sua interdição. No entanto, para o secretário estadual da Casa Civil, Tadeu Alencar, "não há critérios técnicos que justifiquem tal adoção".O comerciante afirma que Bruna e sua prima Daniele Ariane da Silva Souza, de 26 anos, estavam na água rasa quando foram puxadas por uma corrente que as levou a correr risco de afogamento. "Logo depois veio o tubarão, a tragédia."O corpo de Bruna foi enterrado ontem no Cemitério de Escada, na Zona da Mata, terra da sua família materna. A praia de Boa Viagem ficou vazia ontem, apesar do dia de sol.

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