
15 de março de 2011 | 00h00
A reportagem se fez passar por um assessor de uma prefeitura do interior do Rio Grande do Sul interessada em comprar e instalar lombadas eletrônicas em rua não pavimentada, de pouco movimento, e gravou conversas com representantes de oito empresas fornecedoras. A reportagem mostra pessoas falando em pagamento de propina, em concorrências combinadas e até em esquema de anulação de multas de trânsito.
As empresas, com sedes em Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e São Paulo, negaram ter cometido irregularidades.
Segundo a reportagem, os sócios da ACT-Trânsito, empresa que elabora estudos sobre fluxo de pedestres e veículos, índices de acidente e velocidade, admitiram participar de concorrências combinadas. Além disso, os três têm empregos públicos ou relações com estatais. Por conta da suspeita, o Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) afastou o engenheiro Paulo Aguiar, funcionário de carreira que coordenava a área de pardais e lombadas. O Detran afastou a técnica Gisele Vasconcelos da Silva, também do quadro. A Eletrosul afastou o prestador de serviços terceirizado João Otávio Marques Neto. Aguiar e Gisele não responderam ao Estado. Marques Neto preferiu não comentar o assunto. O secretário de Infraestrutura, Beto Albuquerque, afirmou que o governo do Estado vai apurar com rigor todos os fatos denunciados.
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