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Supostas telas roubadas nos Jardins são encontradas

Polícia ainda não confirmou autenticidade das obras, abandonadas na região da Barra Funda

Por Ricardo Valota , Paulo Maciel; reportagem de Daniela do Canto e da Central de Notícias
Atualização:

Foram encontradas na noite da terça-feira, 12, as supostas quatro telas roubadas no último domingo, 10, do interior da mansão da família Maksoud nos Jardins, zona sul de São Paulo.

 

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'Figura em azul', de Tarsila do Amaral, 'O Cangaceiro' e 'Retrato de Maria', de Cândido Portinari, e 'Crucificação de Jesus', do pintor Orlando Teruz, foram abandonadas próximas à sede da TV Record, na região da Barra Funda, zona oeste da capital paulista. 

 

De acordo com a polícia, os quadros foram encontrados por funcionários da Rede Record, que receberam uma denúncia anônima de que as telas haviam sido abandonadas próximo à sede da emissora.

 

"Esses quadros foram localizados por funcionários da Rede Record, por três vigilantes que receberam uma denúncia anônima de que os quadros foram abandonados perto da portaria. Eles foram até o local, pegaram esses quadros, levaram até o interior da imprensa e depois acionaram a polícia", afirmou o supervisor do Grupo de Operações Especiais (GOE), Mário Palumbo Júnior.

 

A ligação ao telefone do PABX da empresa, atendida por um dos seguranças, teria sido feita por volta das 23h30.

 

As obras estariam embrulhadas em papel pardo quando foram encontradas. Conforme a polícia, elas estavam encostadas no muro da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), na Rua da Várzea.

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Elas foram levadas até os fundos da sede da Record, ao lado de uma portaria com acesso pela Rua do Bosque. A reportagem flagrou, por cima dos portões da Rede Record, o momento em que os quadros eram colocados em uma viatura do GOE, dentro das dependências da empresa, pouco antes das 2 horas. Palumbo não informou o horário exato da chegada do GOE à Record.

 

Questionado se o local onde as obras foram encontradas foi prejudicado para a perícia devido à remoção dos quadros, o supervisor do GOE alegou que só a perícia poderá responder essa questão. Palumbo disse também que aparentemente as obras não foram danificadas e que a polícia provavelmente vai requisitar as imagens do circuito interno de segurança da Rede Record.

 

Outros detalhes a respeito da investigação e da autenticidade das obras não foram passados pelo supervisor do GOE. "Nós chegamos ao local, pegamos esses quadros e trouxemos aqui à 1ª Seccional, onde os procedimentos de Polícia Judiciária estão sendo elaborados. Agora, maiores informações sobre investigação é com o pessoal do SIG (Setor de Investigações Gerais)", afirmou.

 

Os três vigias que encontraram as obras já prestaram depoimento na sede da 1ª Seccional Centro. O delegado titular da delegacia, Dejar Gomes Neto, ainda não deu declarações à imprensa sobre o encontro dos quadros.

 

Até o final da madrugada, uma viatura policial preservava o local onde os seguranças disseram ter encontrado as obras, na Rua da Várzea. Lá, havia papel pardo, papelão, plástico e jornais. Entretanto, a equipe de reportagem da Central de Notícias havia passado pelo mesmo local mais cedo, por volta da 1h50, e esses materiais não estavam lá na ocasião.

 

O roubo

 

As telas foram roubadas de dentro da mansão de Ilde Maksoud, de 80 anos, ex-mulher do empresário Henry Maksoud, dono do hotel Maksoud Plaza. As três primeiras telas estão avaliadas em R$ 3,5 milhões.

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Ilde, a nora Maria Paula e quatro funcionários foram mantidos reféns por cerca de uma hora. Os criminosos conseguiram entrar na casa após enganarem o vigia. Um homem tocou a campainha e disse que levava uma entrega de flores para Ilde, de presente do Dia das Mães. A residência não tinha sistema de segurança e nem alarme,

 

Além das obras, os assaltantes levaram cerca de 2 mil em notas de reais e dólares e joias. Na última terça-feira, 12, a Polícia Civil divulgou os retratos falados de três integrantes da quadrilha que praticou o roubo.

 

Materia ampliada para acréscimo de informações

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